7 DE DEZEMBRO DE 2017
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A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — … e que a cada dia que passava existiam, aproximadamente, mais
112 pessoas a cair no risco de pobreza ou exclusão social. Mas estas são matérias que não interessam à direita
parlamentar que está hoje sentada nestas bancadas!
Havia mesmo outro caminho, Sr.as e Srs. Deputados.
Em termos globais, a taxa de intensidade da pobreza, quando comparada com o ano de 2013, desceu 3,3
pontos percentuais. Estes são dados que os senhores têm de voltar a ouvir, têm de ouvir todos os dias porque
os querem ignorar, mas os portugueses não os ignoram.
As pessoas com 65 ou mais anos viram reduzida, de forma expressiva, a taxa de intensidade da pobreza
para os 15,3% e, quando comparada com 2013, quando a taxa de intensidade da pobreza era de 20,6%, essa
descida tem ainda maior expressão.
Mas falemos também das portuguesas e dos portugueses de outras idades para os quais a taxa de pobreza
também foi reduzida. Para as crianças e para os jovens, o índice de privação material é o mais baixo desde
2004 e isto, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, é o resultado do conhecimento, do trabalho e da vontade deste
Governo.
Havia mesmo outro caminho e estamos a percorrer esse caminho assente na credibilidade de um Governo
que respeita as pessoas e que é composto por mulheres e por homens habilitados, com provas dadas e que
hoje as continuam a dar, reconhecidos nas suas áreas, fora e dentro de Portugal, com um profundo sentido de
responsabilidade e de justiça social e com respeito pelos portugueses, Srs. Deputados.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já ultrapassou o seu tempo.
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Sr. Primeiro-Ministro, trabalho, conhecimento, confiança e respeito pela dignidade dos portugueses são uma
marca da governação socialista e um compromisso no combate à pobreza e no reforço da coesão social.
O Partido Socialista não precisa que renove connosco os seus votos, eles são muito claros e são firmes, mas
a desinformação é tanta e a fuga a estas matérias é tanta que nuca será demais repeti-los…
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — … porque, quanto a desinformação e a fuga, já hoje tivemos aqui que
bastasse.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, há dois anos, quando tomámos posse, aquilo que
nos propusemos provar é que havia, de facto, como disse, um outro caminho.
Um outro caminho que permitisse retomar uma trajetória de crescimento, de criação de mais e melhor
emprego, de redução da desigualdade, no respeito pelos nossos objetivos de uma saudável consolidação das
finanças públicas.
Nessa altura, a direita foi muito clara em dizer: «É impossível! Vão levar outra vez o País para a bancarrota
e lá vem a receita do costume: grande investimento público e enorme irresponsabilidade financeira!».
Quanto à gestão financeira, ficámos claros: aprovámos recentemente o terceiro Orçamento desta Legislatura
quando, no mesmo período, a direita já ia em sete Orçamentos, porque nunca foi capaz, num ano, de o executar
e todos os anos teve necessidade de recorrer ao Orçamento retificativo.
Aplausos do PS.
Mais: durante os quatro anos de governação da direita, não obstante todas as medidas de austeridade, a
dívida pública subiu mais de 30 pontos percentuais.