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I SÉRIE — NÚMERO 27

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Vamos, então, iniciar as votações, começando pelo voto n.º 456/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de

Landeg White, apresentado pelo PS e subscrito por Deputadas do PSD.

Peço à Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão o favor de proceder à leitura do referido voto.

A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Faleceu no início do mês de dezembro Landeg White.

Nascido no País de Gales, em 1940, Landeg White encontrava-se radicado em Portugal desde 1994, e entre

nós se dedicou à tradução e divulgação da literatura portuguesa, em particular da obra de Luís de Camões, de

quem foi um dos maiores investigadores em língua inglesa, tendo procedido, em 1997, a uma magistral tradução

contemporânea de Os Lusíadas, que lhe mereceu reconhecimento académico e editorial.

Licenciado pela Universidade de Liverpool, depois de uma infância e adolescência passadas entre a

Inglaterra e a Escócia, Landeg White passou uma parte relevante da sua vida profissional em instituições de

ensino superior da Commonwealth(Universidade das Índias Ocidentais, Universidade do Malawi, Universidade

da Serra Leoa e Universidade da Zâmbia), tendo depois trabalhado no Centro de Estudos da África Austral, na

Universidade de York, no Reino Unido, onde produziu várias obras nas áreas dos Estudos Africanos e Estudos

Caribenhos.

Em Portugal, lecionou na Universidade Aberta e concluiu e publicou a já referida e premiada tradução de Os

Lusíadas para língua inglesa, bem como inúmeras obras de poesia, ensaística e de ficção originais, reveladoras

do seu profundo conhecimento da realidade e história portuguesas.

Regressaria a Camões, sendo a sua tradução da lírica camoniana publicada em 2008, à qual fez ainda

acrescer vários estudos sobre o desafio linguístico da tradução da obra de Camões. Paralelamente, dedicou

também a sua atenção à presença portuguesa e à passagem de Camões por Goa e pela Índia, com especial

enfoque na produção literária do poeta naquele território, descrevendo o seu papel pioneiro como «o primeiro

poeta europeu a cruzar o Equador» e a beneficiar das trocas culturais provocadas pela expansão portuguesa

no Oriente.

O desaparecimento de Landeg White deixa assim mais pobre o panorama académico e literário anglo-

português, permanecendo, no entanto, na sua obra, um legado fundamental para o aprofundamento das

relações culturais bilaterais seculares com o Reino Unido.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa sentidas condolências à família, amigos

e colegas de Landeg White, prestando homenagem à sua obra de investigação, tradução e divulgação da

literatura portuguesa.»

O Sr. Presidente: — Informo que se encontram nas galerias a viúva e o filho de Landeg White e um

representante da Embaixada do Reino Unido.

Srs. Deputados, vamos, então, votar o voto n.º 456/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Landeg White,

apresentado pelo PS e subscrito por Deputadas do PSD, e que acabou de ser lido.

Submetido à votação foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Segue-se o voto n.º 455/XIII (3.ª) — De condenação pela posição de Martin Schulz relativamente ao

federalismo europeu e à expulsão automática de Estados-membros da União Europeia, apresentado pelo PSD,

em relação ao qual foi solicitado que fosse objeto de debate, tendo-se fixado um tempo de 2 minutos para cada

grupo parlamentar.

Tem a palavra, em primeiro lugar, para uma intervenção, o Sr. Deputado Duarte Filipe Marques.

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PSD apresenta aqui hoje

um voto de condenação pelas declarações e pela proposta que o ex-Presidente do Parlamento Europeu, Martin