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I SÉRIE — NÚMERO 29

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Protestos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, verifiquei que, quanto mais irrelevante é

politicamente, mais sobe o tom do insulto que usa no seu debate político.

A verdade é que V. Ex.ª foi a eleições e tem um partido que, fora aquilo que obteve à boleia do PPD/PSD,

vale 2,59% na sociedade portuguesa. É essa a dimensão da sua relevância.

Aplausos do PS.

Se este ano é negro para alguém, é-o, seguramente, para quem sofreu, para quem está enlutado, mas devo

dizer-lhe que devia ser muito mais negro para quem tem o despudor de se aproveitar da dor dos outros para

fazer combate político.

Aplausos do PS.

E a Sr.ª Deputada tem o despudor de aproveitar a dor dos outros, porque não lhe resta mais nada a não ser

o insulto.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Insulto?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — A Sr.ª Deputada andou aqui a dizer que a dívida ia aumentar e nós vamos ter

uma dívida de 126,2% do Produto, que é inferior aos 127,9% que prevíamos ainda em abril. Vamos chegar ao

final deste ano com o maior crescimento desde o início do século. Temos a taxa de desemprego não nos 12,6%

que estavam quando a senhora era Ministra, mas nos 8,5%. Temos, neste momento, o défice mais baixo da

nossa democracia e não os défices que tínhamos quando a senhora era Ministra. A senhora fracassou como

Ministra, fracassa na oposição, porque é um verdadeiro fracasso, e é isso que efetivamente lhe dói.

Por isso, nada mais lhe resta senão o insulto e explorar a dor alheia.

Protestos do CDS-PP.

Isso é muito, muito feio, Sr.ª Deputada!

Aplausos do PS.

Protestos do CDS-PP.

Neste momento, o retrovisor foi entregue ao Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para formular perguntas, pelo Partido Comunista Português,

tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, nenhum balanço que se possa

fazer deste ano que está prestes a terminar pode omitir o drama que foram os incêndios, as suas vítimas, os

que perderam os seus bens, as suas explorações agrícolas, as suas empresas. Mas foi também um ano

marcado por avanços significativos no plano social, no plano da reposição de rendimentos e direitos, que

marcaram significativamente, e vão marcar, para o ano de 2018, novos avanços, correspondendo a mais justiça

social.

Sendo este o último debate quinzenal de 2017, não podemos deixar de suscitar problemas do momento

presente, mas também necessidades que se projetam para 2018, a começar pelo salário mínimo nacional.