I SÉRIE — NÚMERO 29
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É que, Sr. Primeiro-Ministro, estamos a falar dos principais obreiros do Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, é evidente que ninguém pode
ignorar os aspetos dramáticos, trágicos, deste ano, mas, como diz, tem de se ver também o que aconteceu para
além dessa tragédia.
Efetivamente, aquilo que incomoda a direita é que, quando olhamos para o retrovisor que a Dr.ª Cristas agora
me deu, olho para trás e onde vou ver, amanhã, 580 € de salário mínimo nacional via 505 €, quando a Dr.ª
Cristas…
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Deputada!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … e o Dr. Passos Coelho estavam no Governo.
Aplausos do PS.
Protestos do CDS-PP.
Este é o caminho.
Olho para o retrovisor e o que vejo é uma taxa de desemprego que estava nos 12,6% e que agora está nos
8,5%.
Aplausos do PS.
Olho para trás e o que vejo no retrovisor é a economia a arrefecer no segundo semestre de 2015, enquanto
que, desde 2016, vejo a economia a acelerar, e neste ano vamos ter o maior crescimento económico.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Isto é o que vejo a partir deste retrovisor da Dr.ª Cristas.
Efetivamente, nestes dois anos, temos vindo a fazer uma caminhada, uma caminhada no bom sentido e no
sentido do progresso.
Aquilo que sabemos é que o caminho não está acabado, que há mais estrada para continuarmos a andar e
que, enquanto houver estrada, temos de continuar a andar.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Buracos não faltam!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Há ainda falhas no Serviço Nacional de Saúde, mas, neste momento, temos a
maior taxa de cobertura de médicos de família que alguma vez tivemos. Temos 5541 médicos de família, o que
corresponde a uma taxa de cobertura de quase 94%, e queremos continuar a investir para, até ao final da
Legislatura, como é o nosso objetivo, termos a cobertura integral de médicos de família.
Por outro lado, temos de continuar a aumentar o número de camas de cuidados continuados, como temos
de continuar a aumentar as unidades de saúde familiar, como temos de cumprir e arrancar com os hospitais de
Évora, de Lisboa Oriental, do Seixal,…
A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Da Madeira!