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I SÉRIE — NÚMERO 39

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exclusivamente destinada a um só cliente, a Triumph International, numa fábrica que tivesse capacidade para

desenvolver, no espaço de um ano, uma carteira diversificada de clientes e de mercados.

Neste contexto, a administração da Triumph International, à época, informou o Governo de que tinha aceitado

a proposta apresentada pelo investidor Gramax. Iniciou-se, assim, um período de transição da fábrica, em que

a Triumph International garantiria a manutenção de um conjunto de trabalhos, durante um determinado período

de tempo, período de tempo esse que deveria permitir à Gramax constituir uma equipa comercial capaz de

captar um volume de encomendas necessário para assegurar a sustentabilidade comercial e financeira desta

unidade produtiva.

Dada a sua importância na economia e emprego local, o Governo acompanhou este processo em estreita

articulação, uma vez mais, com a Câmara Municipal de Loures, com quem se partilhou, desde o primeiro

momento, a vontade de encontrar uma solução permanente, que permitisse salvaguardar o emprego e a

capacidade produtiva instalada.

A solução encontrada pela Triumph International era exigente, nomeadamente ao nível do processo de

transição, que obrigaria, como já referi, a criar uma carteira de clientes para uma empresa que, até aí, tinha

sempre funcionado num contexto de cliente único.

Sr.as e Srs. Deputados, chegados aqui, é inegável que este processo não obteve o sucesso desejado por

todos, nem reflete o empenho colocado, desde o primeiro momento, pelo Governo, pela Câmara Municipal de

Loures, pela Junta de Freguesia de Sacavém e, sobretudo, pelas trabalhadoras e trabalhadores da empresa.

Da parte do Governo, deixamos a garantia de que continuamos empenhados e a desenvolver trabalho nas

diferentes dimensões que o processo apresenta. Primeiro, continuamos a desenvolver esforços na promoção

nacional e internacional das competências dos trabalhadores, visando contribuir para a manutenção desta

capacidade no setor têxtil da região de Lisboa, nomeadamente do concelho de Loures. Segundo, está-se a

atuar, através de um importante trabalho de proximidade no local, junto das trabalhadoras e dos trabalhadores,

mobilizando equipas da Autoridade para as Condições do Trabalho, do Instituto do Emprego e Formação

Profissional, do Instituto da Segurança Social, I.P., com o objetivo de garantir — e este é um compromisso que

o Governo aqui assume, porque, de facto, ele já está no terreno — que os direitos dos trabalhadores estão a

ser, e serão, salvaguardados.

No âmbito das iniciativas que temos vindo a desenvolver, o Sr. Ministro da Economia irá receber

representantes dos trabalhadores no início da próxima semana. Continuamos, assim, a trabalhar para que não

existam inevitáveis e para que estas mulheres e estes homens possam continuar o trabalho que construíram

nas últimas décadas, com a produção nacional, as exportações, a manutenção do emprego e a sustentabilidade

social no concelho de Loures a dever poder continuar a beneficiar também do seu contributo para o excelente

momento económico que Portugal se encontra hoje a viver.

Há, hoje, um clima favorável ao crescimento, há, hoje, um clima favorável ao investimento empresarial e há,

hoje, confiança em Portugal. Isso deve-se à ação deste Governo e de quem o suporta.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado, Sr.as e Srs. Deputados, gostava

de dizer que o Bloco faz uma interpretação curiosa: requer primeiro o agendamento de um debate de atualidade,

abdica da sua intervenção política e depois acusa o CDS de fazer politiquice.

Protestos do BE.

Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, agradeço a convicção e até a frontalidade com que faz as suas intervenções.

Pela minha parte, com toda a simpatia, até gosto. Mas use essa mesma frontalidade e essa mesma convicção

para falar com a bancada do Partido Socialista e com o Governo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!