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I SÉRIE — NÚMERO 46

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Entre o final da governação de direita e dezembro último, foram criados mais de 280 000 empregos líquidos,

uma média de 400 empregos por dia, 17 a cada hora que passou. Só no último ano, foram criados mais de 170

000 empregos, mais do dobro do último ano de governação desta direita parlamentar.

Estamos a assistir à maior criação de emprego dos últimos 19 anos.

Aplausos do PS.

O emprego em Portugal cresce acima do emprego na Europa. Temos mais emprego nos vários setores da

economia, com expressão na indústria, onde foram gerados mais de 48 000 empregos e com relevo em todas

as regiões do território nacional.

Há hoje mais 36 000 empregos líquidos criados para os jovens e menos 28 000 jovens desempregados, o

número mais baixo desde o início da série que recua 19 anos. Um quarto do desemprego jovem foi reduzido

nos últimos dois anos. Não há família que não olhe para esta realidade com efetiva esperança. O desemprego

jovem apresenta ainda um valor que nos inquieta, mas está longe da realidade que se verificava no final da

governação de direita, quando a taxa de desemprego se situava acima dos 30% e tínhamos mais de 100 000

jovens desempregados e muitos outros emigrados.

Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Temos hoje mais emprego e melhor

emprego.

Os dados do quarto trimestre de 2017 mostram que existe menos precariedade laboral. No último ano, a

economia foi capaz de gerar muito mais trabalho com vínculo permanente do que precário. O número de

trabalhadores com contrato sem termo cresceu quase quatro vezes mais que o número de trabalhadores com

contato a termo. São, Sr.as e Srs. Deputados, mais 135 500 contratos permanentes, quando comparados com

os 38 400 contratos a termo. Os novos contratos sem termo representam 78% do emprego criado para os

trabalhadores por conta de outrem em Portugal.

Nunca será demais relembrar que no último trimestre de 2015, quando esta direita deixou de mandar nos

destinos de Portugal, o trabalho com termo crescia acima, muito acima do trabalho sem termo e os novos

contratos com termo, mais precários, representavam, à época, 62% do emprego criado. Exatamente a situação

inversa à que temos hoje, em Portugal.

O Sr. Carlos César (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Existem menos 43 000 trabalhadores em situação de subemprego.

Só no último ano, assistimos a uma redução do número de trabalhadores nesta situação três vezes superior à

verificada no último ano do Governo de direita.

Sim, Sr.as e Srs. Deputados, temos mais emprego e melhor emprego.

Também registamos hoje um significativo aumento da população ativa. Temos a taxa de desemprego mais

baixa dos últimos 13 anos: 7,8% é a taxa de desemprego registada no final de dezembro de 2017, abaixo de

todas as projeções formuladas ao longo do ano.

Portugal apresenta ainda a maior queda de desemprego da zona euro. Desde meados do ano passado e ao

fim de 11 anos, a taxa de desemprego em Portugal volta a situar-se abaixo da média da zona euro.

Desde que o Governo do Partido Socialista tomou posse, temos menos 222 000 desempregados, uma queda

muito expressiva de 36%. Temos menos 44 000 desencorajados, aquelas e aqueles portugueses que tinham a

esperança perdida, mas que regressaram ao mercado de trabalho.

Quanto ao desemprego mais estrutural, e sobre o desemprego de longa duração, verificamos que este se

encontra ao nível mais baixo dos últimos oito anos.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, peço-lhe o favor de caminhar para a conclusão.

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Irei terminar, Sr. Presidente.

Registam-se menos cerca de 167 000 desempregados de longa duração.