24 DE FEVEREIRO DE 2018
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Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma réplica, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro.
A Sr.ª TeresaCaeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, também tem a garantia de que o
CDS prosseguirá com a sua agenda, que o Sr. Ministro e o País conhecem muitíssimo bem: continuaremos a
insistir por melhores cuidados de saúde para todos os portugueses em áreas tão importantes como os cuidados
continuados e os cuidados paliativos. E o Sr. Ministro sabe perfeitamente que esses cuidados estão muito aquém
das necessidades e das suas promessas.
Como há pouco eu disse, este relatório foi feito com base na audição dos utentes, não das ordens
profissionais, às quais não há qualquer tipo de colagem, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro não respondeu aos problemas que foram levantados por essa avaliação e onde nós estamos,
de facto, no encarnado.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde.
O Sr. MinistrodaSaúde: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Teresa Caeiro, o relatório é público e, portanto,
creio que a comunidade em geral, não só os senhores mas o País, poderá ver se a análise que é feita pelo CDS
é melhor ou é pior relativamente àquilo que consta no relatório. Evidentemente, não nos revemos nessa
interpretação porque esquece-se de analisar a parte positiva, que são os pontos verdes e amarelos, e o
significativo avanço que o País teve na esmagadora maioria dos indicadores.
Finalmente, Sr.ª Deputada, reconhecemos que o CDS tem tido, ao longo dos anos, uma preocupação grande,
nomeadamente, ao nível dos cuidados continuados integrados, dos cuidados paliativos e da saúde mental. E é
por isso que nos orgulhamos muito de, ao fim de dois anos, termos aumentado para um número inédito quer as
respostas institucionais nas diferentes áreas quer as respostas ao domicílio, nomeadamente nos cuidados
continuados integrados, nos cuidados paliativos adultos e pediátricos e também na saúde mental.
Foi por isso que, ontem, assinámos com a Fundação La Caixa um protocolo de responsabilidade social que
vai permitir ampliar, ainda mais, as respostas no fim de vida para que, de facto, as condições que hoje
oferecemos, quer a nível hospitalar quer a nível do domicílio, possam ir ao encontro daquilo que os portugueses
merecem, que é, quando envelhecem e têm problemas de saúde, serem tratados com respeito, com dignidade
e com atenção.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para formular perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado João
Ramos.
O Sr. João Ramos (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, o PCP gostava de trazer aqui um tema,
que já foi abordado, que é o dos cuidados de saúde primários.
O PCP tem vindo a colocar, nas discussões com o Sr. Ministro e com o Governo, questões sobre os meios,
nomeadamente em termos de equipamentos, de veículos e de instalações, sobre os profissionais, desde
médicos a assistentes operacionais, matéria que preocupa o PCP e na qual tem vindo a intervir.
Hoje mesmo daremos entrada de um projeto de resolução relativo a um reforço de proximidade às
populações dos cuidados de saúde primários, com um conjunto de propostas e contributos do PCP sobre estas
matérias.
A primeira questão que gostava de colocar tem a ver com a construção ou a requalificação de centros de
saúde. Em 2016, falava-se em 34 centros de saúde. Até numa resposta que o Grupo Parlamentar do PCP
recebeu do Ministério há uma listagem desses 34 centros de saúde. No início de 2018, falava-se em 64 centros
de saúde e o Sr. Ministro, hoje, aqui, falou em 110 centros de saúde.