I SÉRIE — NÚMERO 57
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A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — É este o respeito que o futuro merece a esta maioria, a este Governo
e a este socialismo: o da falsa solução imediata, do populismo dos votos, porque preparar o futuro não dá votos
agora. O progresso não se combate, supera-se.
Não tememos a concorrência das máquinas, queremos garantir que os nossos jovens são aqueles que
construirão as melhores máquinas!
Os senhores continuam a encarar o progresso digital, a inovação e a reinvenção do mundo como um
problema, porque pensar o futuro é um problema para os que não têm coragem de pôr os interesses dos
portugueses à frente dos seus interesses partidários.
Não é cool a política que subestima os jovens, a política de quem desdenha do seu valor intrínseco, a política
de quem não os respeita.
Protestos do Deputado do BE José Moura Soeiro.
Também não é cool a política dos Deputados que acham que podem dizer tudo e não conseguem ouvir nada!
Aplausos do PSD.
O Sr. João Galamba (PS): — Isso foi bué de crazy!
A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Os jovens exigem a coragem de desacomodar, os jovens exigem a
verdade!
Disse o Presidente do PSD, quando encerrava o nosso Congresso: «Governar para as pessoas não é apenas
distribuir simpatias e conceder-lhes cada vez mais direitos. (…) Temos de ter a grandeza de só distribuir o que
é realmente sustentável — caso contrário, estaremos a enganar as pessoas (…)».
Cada um de nós pode aqui escolher qualquer que seja a palavra, qualquer que seja a forma de captar a
atenção, mas nunca pode faltar ao respeito porque a verdade é mais difícil ou porque dá menos votos.
Protestos do PS e do BE.
O futuro depende disso e as novas gerações também. E que fique claro: é desta grandeza que não
abdicamos!
Aplausos do PSD.
O Sr. João Galamba (PS): — Nice! Bué de cool!
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do PS, o Sr. Deputado Hugo Costa para uma
intervenção.
O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Voltemos ao debate.
Aplausos de Deputados do PS.
Este debate, subordinado ao tema «economia e emprego», vem no momento certo, o momento em que todos
os dados macroeconómicos demonstram que existia uma alternativa — uma alternativa económica suportada
na devolução dos rendimentos, na justiça social, no apoio às empresas e em finanças públicas credíveis e
saudáveis.
Os números dizem a verdade, não mentem. Temos, hoje, o maior crescimento do produto interno bruto deste
século, a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 14 anos e os melhores dados orçamentais da democracia,
esse tema orçamental sempre tão caro à direita parlamentar, mas que hoje está esquecido da sua dialética,
assim como o crescimento sustentado através das exportações de bens e serviços, que só no ano de 2017
cresceram 11,2%.