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9 DE FEVEREIRO DE 2018

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O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Virgílio Macedo, não contem

com o Partido Socialista para continuar a política de cortar salários, que foi, durante anos e anos, a base da

política económica do PSD e do CDS.

Aplausos do PS.

Em relação aos investidores externos, o facto de termos, nos dias de hoje, os melhores dados de stock de

investimento demonstra a confiança que os investidores têm em Portugal. Exemplo disso é o investimento da

Google ou da Amazon em Portugal. É, pois, clara a confiança que os investidores externos têm em Portugal,

com dados muito superiores aos do vosso Governo.

Quero dizer-lhe também que o Programa Eleitoral do Partido Socialista era claro: as exportações eram um

modelo de crescimento económico. Talvez o Sr. Deputado Virgílio Macedo não tenha lido o programa económico

do Partido Socialista, mas ele tinha como base central do crescimento económico o crescimento das

exportações.

Protestos do PSD.

E as exportações de bens e serviços estão em 11,2%.

Sr. Deputado, bem sabemos quais são os objetivos de estarem sempre a falar da legislação laboral, mas o

Grupo Parlamentar do Partido Socialista dá todas as garantias de cumprir o que está no Programa e de fazer

tudo em conjunto com os parceiros parlamentares, assim como também com os parceiros sociais, porque estes

são um fator essencial para o crescimento económico.

Protestos do PSD.

Por isso, Sr. Deputado Virgílio Macedo, pode contar com o Partido Socialista para a estabilidade nesta

matéria.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas: O tema que o PSD traz hoje a

debate em Plenário é, com toda a certeza, importante, mas não nos engana nas suas intenções.

Não deixa de ser sintomático que uma direita escolha ignorar o seu papel na história, o seu papel na

destruição de emprego e na destruição de direitos laborais. A direita pode querer fazê-lo, mas os trabalhadores

e as trabalhadoras não ignoram e não esquecem esse mesmo papel histórico.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Importa realmente perceber o que os dados nos dizem sobre o emprego, a sua

criação e a sua qualidade. O que sabemos hoje é que a taxa de desemprego passou de 12,2% no terceiro

trimestre de 2015 para 8,1% no terceiro trimestre de 2017. E, nesse mesmo período, a taxa de desemprego

jovem passou de 32,8% para 23,5%.

Também desde que terminou o ciclo de governação de direita, foram criados 243 000 postos de trabalho,

dos quais 166 000 dizem respeito a pessoas que estavam desempregadas há um ano ou mais.

São dados positivos face à situação deixada pela governação PSD/CDS, de que ninguém se esquece, mas

ainda deixam, obviamente, muito caminho para andar.

Durante o período da troica e do Governo do PSD e do CDS, a destruição de emprego foi a regra, apoiada

na destruição de direitos laborais. As escolhas que foram feitas pioraram uma situação que já não era positiva.