10 DE MARÇO DE 2018
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O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, parece-me que não faz grande sentido continuar este incidente, mas, de
qualquer forma,…
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, esta situação é distinta da que sucedeu na semana
passada, em que foi uma votação de rejeição por completo de um artigo que, inevitavelmente, provocava um
prejuízo, na medida em que acabaram de ser aprovadas iniciativas. Ainda assim, sustentamos e concordamos
com a posição do Partido Comunista.
O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado acha, então, que deve ser votada a iniciativa, mesmo depois de uma
votação final global?!
Quer dizer, este assunto já foi encerrado com a votação final global de uma iniciativa e, agora, vamos fazer
uma outra votação na generalidade de uma iniciativa idêntica.
É uma coisa um pouco absurda, tem de concordar.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Dá-me licença, Sr. Presidente?
O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, se me permite, a colocação no guião da votação, em
simultâneo, na generalidade, na especialidade e final global, sem que tenha havido trabalho de Comissão que
permita aferi-lo, de facto, inviabiliza um juízo que não passe por uma votação das iniciativas e, depois, uma
eventual conciliação de divergências em sede de redação final, sob pena de efetivamente fazermos apenas a
votação na generalidade e deixarmos a da especialidade e a votação final global para um outro momento.
O Sr. Presidente: — Bom, a Mesa considera que o projeto de lei n.º 775/XIII (3.ª), do PCP, não deve ser
votado na generalidade, na especialidade e em votação final global, porque a sua votação está prejudicada pela
aprovação, em votação final global, de uma outra iniciativa.
Porém, se o PCP quiser recorrer da decisão da Mesa para o Plenário, faça favor.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, nós tínhamos tentado simplificar isto, propondo até que as
votações dos dois projetos de lei fossem conjuntas. É verdadeiramente inexplicável que não tenha sido essa a
solução, que não tenha havido uma votação conjunta.
Aliás, Sr. Presidente, até vou acrescentar um outro argumento: se formos recuperar o histórico de votações
de projetos de lei sobre limites territoriais de freguesias, aquilo que vamos encontrar são votações conjuntas de
projetos iguais. Portanto, aquilo que nós propusemos foi exatamente aquilo que se tem feito no histórico das
votações…
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado João Oliveira, peço desculpa por o interromper, mas quero dizer que a
Mesa pediu ao PSD para dar consenso para que a votação fosse conjunta, e o PSD não deu consenso.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Então, Sr. Presidente, registo que este problema está criado porque o PSD
rompeu aquela que é a prática histórica da Assembleia nesta matéria.
Protestos do PSD.
Se assim é, naturalmente, tenho de recorrer da decisão de V. Ex.ª.