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I SÉRIE — NÚMERO 62

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já aos professores do ensino artístico, bem como com o aumento de mais de 2500 professores colocados nas

escolas.

Ou seja, cara Deputada, há aqui um caminho feito relevante no que respeita à preocupação com a qualidade

da escola pública, a qualidade das aprendizagens, o reforço do capital humano, seja ao nível de docentes, ao

nível de assistentes operacionais — mais de 2000 —, e a preocupação também com a participação dos

estudantes, de que falou, onde é fundamental esse envolvimento com a escola,…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem mesmo de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Susana Amador (PS): — … através dos orçamentos participativos, do seu envolvimento e do seu

direito a serem ouvidos e escutados.

É um caminho ainda longo? É, mas os progressos e os resultados das políticas de esquerda têm sido, a

nosso ver, notáveis e bem progressivos e expressivos no que diz respeito à escola pública, cuja qualidade e

centralidade está de volta e que faz parte da agenda permanente deste Governo e do Grupo Parlamentar do

PS, uma agenda permanente para a educação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Mesquita.

A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Sr. Presidente, quero agradecer as perguntas colocadas pela Sr.ª Deputada

Susana Amador e pelo Sr. Deputado Pedro Filipe Soares. Responderei globalmente às questões que

levantaram.

É verdade que o PCP considera que o Governo, obviamente, tem de cumprir o que está consagrado no

Orçamento do Estado para 2018, inclusivamente o que ficou aprovado no texto do artigo 19.º, que diz claramente

que «a expressão remuneratória do tempo de serviço nas carreiras, cargos ou categorias integradas em corpos

especiais, em que a progressão e mudança de posição remuneratória dependam do decurso de determinado

período de prestação de serviço legalmente estabelecido para o efeito, é considerada em processo negocial

com vista a definir o prazo e o modo para a sua concretização». Esta é, de facto, a posição muito clara que o

PCP assume e é a Lei do Orçamento do Estado que também determina que o que está remetido para a

negociação não é a contagem do tempo de serviço, mas sim a forma como se concretiza a valorização

remuneratória que resulta da contagem desse tempo de serviço.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Como é evidente, o PCP não desiste da convergência no sentido da rutura

com a política de direita e no sentido do estabelecimento de uma política patriótica e de esquerda, que sirva, de

facto, os interesses do País. E a verdade, Sr.ª Deputada Susana Amador, é que o resultado das políticas que

até agora foram tomadas, com as medidas mais positivas que até agora foram alcançadas, deveriam e devem

obrigar mesmo a mais e novos avanços e a uma maior conquista de direitos. De facto, temos ainda de caminhar

muito em relação a isso: em relação ao número de alunos por turma, à gestão democrática, à vinculação dos

professores, à alteração do regime dos concursos e à alteração do próprio rácio dos assistentes operacionais,

uma medida que o PCP propôs e que foi alcançada, mas que necessita de ir muito mais longe para dar resposta

às necessidades das escolas.

A verdade é que o PCP está e estará sempre disponível para desenvolver todo o tipo de medidas que venham

no sentido da valorização da escola pública, da valorização dos seus trabalhadores, naquilo que sejam passos

necessários e concretos para conquistarmos mais direitos para todos em termos da educação, e é, com certeza,

nosso compromisso o de fazermos este caminho, apresentando, a todo o tempo, seja no Orçamento do Estado,

seja na Assembleia da República, propostas concretas que possam trilhar esse mesmo caminho.

Aplausos do PCP.