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I SÉRIE — NÚMERO 63

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A reforma de que precisamos é esta que estamos a fazer: transformarmos Portugal através do conhecimento,

levarmos o conhecimento e a investigação e desenvolvimento às empresas e estas ajudarem a internacionalizar

a nossa economia, acrescentando valor e riqueza.

Aplausos do PS.

Ao mesmo tempo que fazemos isto damos oportunidade aos jovens que se qualificaram como nunca tinha

acontecido de participarem ativamente nesta mudança de paradigma, incentivados por salários justos e,

sobretudo, compatíveis com o valor que entregam a Portugal.

A rede que estamos a construir e a densificar, que nasce no conhecimento, passa pela inovação e chega ao

mercado, é o caminho para Portugal convergir, para ser competitivo e aumentar a sua produtividade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, inscreveram-se para pedir esclarecimentos dois Srs.

Deputados. Pergunto se deseja responder conjuntamente.

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem, então, a palavra, para o primeiro pedido de esclarecimento, o Sr.

Deputado Cristóvão Norte, do PSD.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Carlos Pereira, devo

dizer-lhe que é um gosto ouvir o Sr. Deputado perorar a respeito destas matérias, e fá-lo tão bem quanto o seu

Governo, quanto o Bloco de Esquerda e quanto o PCP.

A este respeito, já temos ouvido muita coisa. Ouvimos, há cerca de um mês, o Governo dizer que iria fazer

um investimento de 3% em investigação e desenvolvimento até 2030; ouvimos, seis meses antes, o Primeiro-

Ministro dizer que eram 2,7%, e não até 2030 mas, sim, até 2020; e ouvimos dizer, três meses volvidos sobre a

declaração do Primeiro-Ministro, que eram 2%, não até 2020 mas, sim, até 2030.

Portanto, o Sr. Deputado está de parabéns, porque, do ponto de vista das proclamações, é inegável que tem

um talento indiscutível, um talento ao nível das proclamações do Governo a esse respeito.

Aplausos do PSD.

Mas poderíamos levar com tolerância, porque são metas, sonhos, ambições, que são sempre bem-vindos.

Poderíamos dizer: «Bom, isto são metas inatingíveis, mas já há um percurso sólido e consistente a este

respeito». Infelizmente, não há. Olhe, em relação ao que disse o Sr. Primeiro-Ministro, e tendo em conta o que

o Governo fez em 2017 por comparação com 2016, e em 2016 por comparação com 2015, demorar-se-ia 20

anos a atingir o objetivo dos 2,7%.

A Sr.ª Sandra Pereira (PSD): — Muito bem!

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Portanto, estão largamente aquém disso.

Pior do que isso: têm uma péssima relação com as universidades e com os centros de investigação, com

quem estão em permanente conflito, o investimento público ficou 850 milhões de euros aquém do que estava

estabelecido e o investimento público é mais baixo do que o que se verificava em 2015.

Portanto, uma vez mais, são proclamações, nada mais do que isso.

A pergunta que tenho de fazer ao Partido Socialista é a seguinte: quando é que o Partido Socialista abandona,

de uma vez por todas, a política dos anúncios e passa à realização, como tanto tem prometido aos portugueses

e não consegue concretizar?

Aplausos do PSD.