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23 DE MARÇO DE 2018

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O Sr. LuísCamposFerreira (PSD): — Já não basta aproximar, é preciso cruzar e interligar esses dois

mundos de uma forma definitiva — um tem de ser a extensão do outro, um tem de puxar pelo outro.

Este cruzamento e interligação entre o mundo empresarial e o universo universitário e científico tem de ser

verdadeiramente simbiótico, seja em termos operacionais, seja em termos de objetivos e de resultados.

Ao falar do futuro falamos também de uma economia que sabe recuperar e reintegrar o nosso traço genético,

enquanto nação, que é o mar. É todo um oceano de riqueza e de potencial que continua subaproveitado e

desvalorizado. O tema é vasto, como o próprio mar, e merece ser tratado com toda a atenção. O alargamento

da nossa plataforma continental constitui, por si só, um património e um ativo que urge pensar como vamos

explorar e proteger. O que pensa e o que faz o Governo nesta matéria? Ninguém sabe.

Finalmente, falamos de uma economia que promova a confiança dos agentes, uma economia alicerçada na

estabilidade fiscal e na estabilidade da legislação laboral, uma economia que chama e atrai e não uma economia

que afasta e repela.

Atirar pela janela fora um capital de confiança que se construiu com esforço, ouvindo os agentes e

harmonizando posições, é um crime económico.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: Estamos todos de acordo que o tema que hoje aqui discutimos é muito

importante. Isso é indiscutível! O que já é absolutamente discutível é a tendência, senão mesmo o vício, de o

Partido Socialista falar destes assuntos como se estivesse a inventar a roda, como se tivesse acordado hoje de

manhã e tivesse tido uma epifania sobre a importância da inovação e da ciência na modernização da economia.

Aplausos do PSD.

Não, os senhores não só não estão a inventar a roda, como não estão a inventar o caminho; estão apenas

a dar-lhes nomes diferentes, a mudar a tabuleta.

Depois de dois anos e meio de silêncios, chegou o costumeiro momento de fazer as promessas.

Na reunião do Conselho de Ministros do dia 15 de fevereiro, o Governo aprovou, e passo a citar, «a

constituição dos primeiros seis laboratórios colaborativos, reunindo instituições científicas e académicas com o

setor produtivo» em diferentes áreas, como a vinicultura e outras.

Ora, acontece que já em 2014 e em 2015 tinham sido lançados os chamados «centros de excelência»,

promovendo parcerias entre as empresas e as universidades do interior do País.

Como se vê por este simples exemplo, a roda já vem de trás e o caminho já estava aberto. O importante é

que não nos desviemos dele e, em relação a isso, temos muitas dúvidas.

Este é o momento certo, temos os empreendedores certos, as universidades certas, os investigadores certos,

só não temos mesmo é o Governo certo.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. LuísCamposFerreira (PSD): — Este é o Governo apoiado por partidos que defendem uma economia

estatizada ou estatizante, partidos que são declaradamente contra a economia de mercado, partidos que

desconfiam da livre iniciativa, profundamente conservadores, sem capacidade de mudança. E sem mudança,

Srs. Deputados, nada feito!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Luís Campos Ferreira, tem

a palavra o Sr. Deputado João Paulo Correia.

O Sr. JoãoPauloCorreia (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Luís Campos

Ferreira, apesar do tema do debate ser «inovação», o novo PSD, infelizmente, não inovou nada o seu discurso.