13 DE ABRIL DE 2018
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A Sr.ª Ministra do Mar: — Dá-se o caso de, por iniciativa do PS na Assembleia Municipal do Barreiro,…
O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Não é verdade!
A Sr.ª Ministra do Mar: — … ter sido posta em causa a sua configuração…
O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Não é verdade!
A Sr.ª Ministra do Mar: — … e, por isso, resolveu-se alterar não só a sua configuração, puxando o terminal
para montante do rio Tejo, como também alterar a sua funcionalidade,…
O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Não é verdade!
A Sr.ª Ministra do Mar: — … resolvendo que, para além de terminal de contentores, deveria ser um terminal
multiusos que permitisse movimentação de outro tipo de carga.
Também relativamente a Sines, Sr. Deputado Pedro do Ó Ramos, lamento, mas…
O Sr. Presidente: — Sr.ª Ministra do Mar, peço-lhe para interromper por um momento, porque há muito
barulho na Sala.
Peço às Sr.as Deputadas que estão de pé para se sentarem e que haja o cuidado de criar condições para
ouvirmos a intervenção da Sr.ª Ministra.
Pausa.
Faça favor, Sr.ª Ministra. Pode continuar.
A Sr.ª Ministra do Mar: — Muito obrigada, Sr. Presidente, por este apoio, porque, de facto, também eu
estava já com alguma dificuldade em concentrar-me no que estava a dizer, devido ao barulho que existia.
Sr. Deputado Pedro do Ó Ramos, relativamente seja a que projeto for, nunca deixará este Governo de cumprir
toda a legislação aplicável, seja ela relativamente às avaliações de impacte ambiental, seja ela relativamente
aos procedimentos concursais. O Sr. Deputado sabe bem qual é a diferença entre estimativas e sabe também
muito bem que basta que exista um atraso numa avaliação de impacte ambiental para que exista um atraso
subsequente nesse projeto.
Sr. Deputado, estamos a falar de investimentos que vão ser concretizados em 10 anos — o plano é para 10
anos — e que durarão, porventura, quase um século. Estamos a falar de portos, não estamos a falar de montar
uma banca para vender qualquer coisa.
Também existe, ligado aos portos, um investimento significativo no aumento da eficiência dos fluxos
informacionais, de que se destaca a Janela Única Logística, que estende à economia e a todos os modos de
transporte, a toda a cadeia logística, o conceito de Janela Única Portuária, no qual fomos também pioneiros.
Esta linha política centra-se nos portos, ponto de acesso privilegiado ao mar e de instalações das indústrias
marítimas. O sistema portuário tem de estar na linha da frente da concretização da economia circular, e tem de
o fazer não só aumentando a eficiência energética e ambiental mas também atuando como agente de mudança,
promovendo o surgimento de empresas inovadoras que façam acontecer a economia circular azul.
Chamo a atenção também para um investimento que foi anunciado no ano passado, já no final do verão, e
que está neste momento em concurso para construção, que diz respeito à nova central depuradora do Barreiro.
Esta linha de abordagem à economia circular azul será concretizável a uma escala mundial através da criação
de uma rede global de Port Tech Clusters e de plataformas de aceleração da inovação tecnológica e empresarial
de negócios azuis sustentáveis. É preciso juntar as empresas e os centros de investigação aplicada nos portos
do mundo para facilitar o seu acesso ao mar e encurtar os ciclos de inovação, trazendo novos produtos e serviços
azuis sustentáveis para o mercado mais depressa e com menos custos de desenvolvimento.
Por isso, trabalhamos em conjunto com governos de países marítimos para que se possa implementar este
conceito global dos Port Tech Clusters e se possa, efetivamente, a nível mundial, implementar a economia