I SÉRIE — NÚMERO 97
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O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, está aberta a
sessão.
Eram 15 horas e 13 minutos.
Peço aos Srs. Agentes da autoridade o favor de abrirem as portas das galerias.
Antes de entrarmos na ordem do dia, composta por um ponto, com uma marcação do CDS-PP, e eventual
votação no final do debate, peço ao Sr. Secretário Pedro Alves o favor de proceder à leitura do expediente.
O Sr. Secretário (Pedro Alves): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, deu entrada na Mesa, e foi
admitida, a proposta de lei n.º 138/XIII (3.ª) — Altera o regime jurídico de acesso e exercício da atividade
seguradora e resseguradora e o regime processual aplicável aos crimes especiais do setor segurador e dos
fundos de pensões e às contraordenações cujo processamento compete à Autoridade de Supervisão de Seguros
e Fundos de Pensões, transpondo a Diretiva (UE) 2016/97, que baixa à 5.ª Comissão.
Deram também entrada na Mesa os projetos de resolução n.os 1721/XIII (3.ª) — Apreciação do Relatório do
Governo «Portugal na União Europeia — 2017» (Comissão de Assuntos Europeus), 1722/XIII (3.ª) —
Reabilitação urgente da Escola Básica de São Romão (Os Verdes), que baixa à 8.ª Comissão, e 1723/XIII (3.ª)
— Reabilitação urgente da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso (Os Verdes), que baixa à 8.ª Comissão.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, vamos dar início à ordem do dia, com uma
marcação do CDS-PP.
Estão em discussão conjunta, na generalidade, o projeto de lei n.º 884/XIII (3.ª) — Eliminação do aumento
do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) (CDS-PP), o projeto de resolução n.º 1653/XIII (3.ª) — Redução
do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) (PSD), o projeto de lei n.º 400/XIII (2.ª) — Reduz o preço do
gasóleo rodoviário através do nível de incorporação de biocombustíveis (PCP), o projeto de resolução n.º
1703/XIII (3.ª) — Propõe a redução imediata do ISP e a sua adequação face ao aumento do preço do petróleo
(PCP), e o projeto de lei n.º 922/XIII (3.ª) — Elimina o adicional do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP)
e aprova as revisões mensais das taxas unitárias de imposto aplicável à gasolina sem chumbo, ao gasóleo
rodoviário e ao gasóleo colorido e marcado para o continente (BE).
Para apresentar o projeto de lei n.º 884/XIII (3.ª), tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:
Em fevereiro de 2016, perante um preço dos combustíveis que era baixo — mas que também só transitoriamente
foi baixo —, o Governo do Partido Socialista decidiu aumentar o imposto sobre a gasolina e o gasóleo, o ISP,
em 6 cêntimos por litro.
Quando apresentou esta sobretaxa, o Governo justificou-se dizendo que o fazia com uma perspetiva de
neutralidade fiscal, ou seja, que aumentava o imposto sobre os combustíveis para recuperar o que estava a
perder em receita do IVA (imposto sobre o valor acrescentado).
No dia da apresentação desta medida, o Ministro das Finanças prometeu aos portugueses que o aumento
do imposto sobre o gasóleo e a gasolina iria compensar, e cito, «exatamente aquilo que se perdeu em IVA. O
princípio é o da neutralidade fiscal.».
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — No dia 12 de fevereiro de 2016, nesta Câmara, o Primeiro-Ministro,
António Costa, prometeu a neutralidade fiscal deste aumento de impostos. E cito, mais uma vez: «O que
quisemos foi ter uma neutralidade fiscal para os contribuintes, mas também para o Estado.».
No dia 13 de fevereiro, o então Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais garantiu, numa entrevista, o
mesmo princípio. Cito: «Pode-se sempre baixar 1 cêntimo por cada 4 cêntimos de subida.».
Sabemos hoje que a neutralidade fiscal que o Governo anunciou não se verifica. Este imposto, que deveria
ser transitório, transformou-se pela mão do Governo num imposto definitivo. Aliás, de impostos transitórios está
o inferno fiscal do Partido Socialista cheio!