14 DE JULHO DE 2018
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Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem agora a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro,
que beneficia de cedências de tempo do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Ana Mesquita, nós temos
como objetivo fazer 5000 contratos, pelas diferentes vias, entre os contratos individuais e institucionais da FCT
(Fundação para a Ciência e a Tecnologia), mais os processos do PREVPAP, mais os processos em curso com
as instituições, que estão a decorrer até ao próximo mês de agosto.
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — E a escola nem dá por ela!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Relativamente à questão da instabilidade, Sr.ª Deputada Margarida Manso…
Risos do PSD.
… Sr.ª Deputada Margarida Mano, há 7000 professores que já estão vinculados e que antes não estavam, e
isto dá, obviamente, estabilidade, descongelámos a carreira, o que é essencial, e estamos a desenvolver nas
escolas programas de transformação efetiva da sua qualidade, como a redução de alunos por turma ou como o
programa da flexibilização. A declaração de compromisso que assinámos com os sindicatos, e que estamos a
cumprir, previa a mitigação dos efeitos do congelamento em matéria de prazo, em matéria de calendário e em
matéria de tempo.
Quanto às críticas sobre o código da contratação pública, estão ultrapassadas, porque fizemos essa
alteração.
Sr. Deputado Telmo Correia, não ouviu com atenção, seguramente, o meu discurso, senão teria verificado
que eu disse que amanhã, na Pampilhosa da Serra, vamos ter um Conselho de Ministros extraordinário, que vai
reaprovar o Plano Nacional para a Coesão Territorial, vocacionado para as medidas para o interior, cuja tradução
orçamental estará no próximo Orçamento.
Relativamente à questão colocada pelo Sr. Deputado Emídio Guerreiro e também pelo Sr. Deputado João
Oliveira, a CP vai abrir o concurso este ano, como está previsto no Orçamento do Estado, para a aquisição de
novas composições.
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Só daqui a dois anos!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Até lá, terá de recorrer ao aluguer de material, e isso é, naturalmente, fruto de
anos e anos e anos de desinvestimento que se foram acumulando.
Quanto à questão colocada acerca da execução orçamental e dos fundos comunitários, recordo o que já
disse há pouco. Nós somos o primeiro país em execução de fundos comunitários, entre os países que têm uma
dotação de fundos estruturais idêntica à nossa. Neste momento, estão executados 28% dos fundos
comunitários. Recordo que, quando chegámos ao Governo, havia 4 milhões de euros entregues às empresas.
Nos primeiros 100 dias, passámos para os 100 milhões de euros e, agora, já temos uma execução em que
somos o primeiro país da União Europeia em matéria de execução de fundos comunitários.
Relativamente à questão colocada pelo Sr. Deputado João Torres, é para nós uma prioridade a valorização
dos recursos endógenos — é assim no mar, é assim no interior e, em particular, na floresta. É por isso que a
reforma da floresta é absolutamente essencial, porque só dando escala económica à sua gestão, será possível
a sua devida valorização.
Quanto à questão colocada pelo Sr. Deputado João Oliveira, queria dizer o seguinte: nós não temos dúvidas
de que o setor da saúde é especialmente atreito à hipervalorização e à ação concertada de problemas que
existam. Como se recorda, até o Ministro Correia de Campos apresentar a sua demissão o País viveu, a certa
altura, uma epidemia de partos nas autoestradas, que, milagrosamente, nunca mais ocorreram desde que o
Ministro Correia de Campos deixou de ser Ministro.