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27 DE SETEMBRO DE 2018

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Gostaria de lhe dizer só uma coisa, Sr. Deputado: quando falo na Assembleia da República, falo para todos

os Deputados e, até prova em contrário, todos os Deputados são iguais, sejam do Bloco de Esquerda, sejam do

PPD/PSD.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não vou insistir nesse ponto,…

A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — É melhor não!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — … mas gostei muito de assistir ao «bater de bolas» entre o Sr. Primeiro-

Ministro e o Bloco de Esquerda.

Protestos de Deputados do PS e do BE.

Sr. Primeiro-Ministro, há um tema da maior importância, o qual devemos levar a sério e não podemos

desvalorizar. Esse tema, Sr. Primeiro-Ministro, diz respeito ao Infarmed.

A história começa com uma decisão que é sua e só sua, Sr. Primeiro-Ministro. Há cerca de nove meses — e

os portugueses recordam-se bem —, o Sr. Primeiro-Ministro, nesta Sala, interpelado pelo meu antecessor,

Deputado Hugo Soares, disse e repetiu: «A decisão do Governo é que o Infarmed vá para o Porto»; «A decisão

do Governo é que o Infarmed vá para o Porto»; «A decisão do Governo é que o Infarmed vá para o Porto»; «A

decisão do Governo…» — disse o Sr. Primeiro-Ministro — «… é que o Infarmed vá para o Porto».

O Sr. Primeiro-Ministro disse, nesta Sala: «A decisão do Governo é que o Infarmed vá para o Porto». Disse

isto cinco vezes!

Vozes do PSD: — Cinco vezes!

Neste momento, Deputados do PSD mostraram as mãos, indicando o número cinco.

Protestos do PS.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Insistiu e disse isto cinco vezes e, agora, ouviu também cinco vezes.

Sr. Primeiro-Ministro, na sexta-feira passada, tivemos a notícia de que o Infarmed não vai para o Porto — foi

esta a notícia, Sr. Primeiro-Ministro. Sr. Primeiro-Ministro, isto é responsabilidade sua, não é de mais ninguém!

É responsabilidade sua! Isto prova que os portugueses não podem confiar na sua palavra.

Vozes do PSD: — Ora! É verdade!

Protestos de Deputados do PS.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — A palavra do Primeiro-Ministro tem agora um valor muito relativo.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Costa Silva (PSD): — Já tinha, mas agora agravou-se!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Palavra dada, palavra honrada, Sr. Primeiro-Ministro — pois é, só quando

lhe dá jeito!

Aplausos do PSD.