I SÉRIE — NÚMERO 13
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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado António Sales, do Partido
Socialista, para uma intervenção.
O Sr. António Sales (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os projetos de lei hoje, aqui, em
discussão abordam, de facto, temas fundamentais para o Serviço Nacional de Saúde: o financiamento, a Lei
dos Compromissos, a autonomia na contratação do pessoal, os novos modelos de organização.
No entender do Partido Socialista, não interessa camuflar abordagens políticas com iniciativas
parlamentares. Estamos até perplexos com algumas iniciativas de alguns partidos. Por exemplo, no CDS,
estamos a assistir a um enorme flique-flaque à retaguarda, vulgo cambalhota.
Protestos do CDS-PP.
Em 1976, o CDS votou contra o artigo 64.º da Constituição, em 1979, votou contra a Lei do Serviço Nacional
de Saúde…
Vozes do PS: — É verdade!
Protestos do CDS-PP.
O Sr. António Sales (PS): — … e, entre 2011 e 2015, guilhotinou o Serviço Nacional de Saúde!
Aplausos do PS.
Agora, Srs. Deputados, a propósito de uma proposta de financiamento dos hospitais, vem proclamar-se como
defensor intransigente e acérrimo do Serviço Nacional de Saúde.
O que é que se passa no CDS, Srs. Deputados?! Ou estamos perante uma nova assunção, repito, uma nova
assunção como defensores do Serviço Nacional de Saúde — e, se for assim, bem-vindos — ou estamos perante
uma iniciativa camuflada eleitoralista do CDS,…
A Sr.ª Ilda Araújo Novo (CDS-PP): — Está distraído!
O Sr. António Sales (PS): — … que mais não serve do que para convencer alguns de que, de facto, estão
ao lado do Serviço Nacional de Saúde.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António Sales (PS): — Quanto ao PSD, Srs. Deputados, a história é bem diferente.
Compreendemos, aliás, o silêncio absoluto do PSD. Já não aposta na gestão pública do SNS, pretendendo
privatizar o setor público.
Protestos do PSD.
Foi o responsável, em tempo de troica, pela limitação e autonomia da gestão dos hospitais e o responsável
pela iniciativa que aprovou a Lei dos Compromissos.
Aplausos do PS.
E, por último, mantém-se em silêncio absoluto, porque pode sofrer um valente puxão de orelhas do seu líder
e, então, é melhor ficar calado do que criticar sem solução.
Aplausos do PS.