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31 DE OUTUBRO DE 2018

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Se ontem assistimos aqui, perante o Ministro das Finanças, à retórica do bodo aos pobres e aos ricos, hoje

assistimos ao clamor fervoroso na reivindicação de investimento e de execução de despesa pública,…

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Muito bem!

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — … para além de todas as metas incompreensíveis e compreensíveis neste

ou em qualquer Orçamento.

Aplausos do PS.

Aliás, a performance do PSD é tão incompreensível que combate a narrativa dos quatro últimos anos

suportados pelo PSD, num Governo que nada fez senão, por exemplo, alienar os CTT, sem garantias nenhumas

do serviço público prestado às populações e ao interior do País.

Vozes do PS: — Muito bem!

Protestos do Deputado do PSD Duarte Marques.

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Mas, mais do que isso, sem garantia nenhuma para os trabalhadores da

empresa que hoje estão num verdadeiro marasmo de incompreensão perante a empresa e perante a sociedade.

A privatização da TAP foi feita na 25.ª hora, como todos sabemos, e retirou o Estado da visão estratégica

que uma companhia de bandeira precisa de ter.

O negócio da ANA, o negócio da CP Carga, aquilo que aconteceu na EMEF e que foi reposto por este

Governo, a bem da ferrovia e do material circulante que presta serviço às populações.

O desmantelamento da linha férrea e do transporte ferroviário, de que, aliás, é bom exemplo, como o Sr.

Ministro do Planeamento e das Infraestruturas se recorda, o comboio semanal de ligação a Portalegre, que,

primeiro, foi suprimido e, em vésperas de eleições, foi reposto uma vez por semana, porque, na visão das

bancadas da direita e do Governo anterior, Portalegre era tão longe que só justificava ter um comboio semanal.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — O Orçamento que nos é apresentado hoje, aqui, pelo Governo do Partido

Socialista, suportado por uma maioria de esquerda, é um Orçamento de políticas públicas, de políticas públicas

que servem os cidadãos, que servem as empresas que criam emprego e criam riqueza, que servem o País, que

servem Portugal.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Não é um Orçamento que, como acontecia no passado, apenas sirva a

política dos privados, e de alguns privados, com o desmantelamento do Estado a um ritmo acelerado, contínuo

e sem regresso.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Muito bem!

O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — A política do Partido Socialista, que suporta o Governo, é clara, objetiva

e pode ser «concisada» numa expressão: «Um Orçamento para todos, e para todos sem exceção!» Quando se

aumenta o investimento público há que ter a noção de que esse aumento não pode apenas significar aumento

de riqueza para alguns, poucos, o aumento do investimento público tem de significar um aumento da riqueza

para todos e ser promotor da coesão territorial. É por isso que nós, no Grupo Parlamentar do Partido Socialista,

não só nos sentimos confortáveis com esta proposta de Orçamento como a apoiamos, a secundamos, a

assinamos e a louvamos, porque propostas como esta permitem que Portugal seja um País próspero, coeso e

desenvolvido.