31 DE OUTUBRO DE 2018
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O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!
O Sr. Luís Soares (PS): — E foi um discurso que nós, Partido Socialista, a maioria que apoia o Governo do
Partido Socialista, efetivamente, acabámos por desmistificar.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!
O Sr. Luís Soares (PS): — Um aspeto muito relevante da discussão que aqui trouxe — e não iremos
antecipar o debate que faremos na especialidade — é precisamente o do reforço da proteção social que é trazido
pelo Orçamento do Estado para 2019.
Mas há também uma segunda dimensão que é fundamental. É que, apesar de todas as medidas que aqui
foram elencadas e que reforçam o orçamento da segurança social e a proteção social dos portugueses, o Partido
Socialista e esta proposta de Orçamento do Estado percebem e conseguem que se faça um reforço efetivo da
sustentabilidade da segurança social.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!
O Sr. Luís Soares (PS): — E como é que se faz precisamente isso? Como é que se consegue reforçar a
proteção social dos portugueses e, simultaneamente, garantir a sustentabilidade da segurança social?
Consegue-se fazer isso com uma dimensão que é absolutamente determinante: contas certas, cumprimento dos
objetivos que definimos, redução do défice, redução do endividamento.
E essa, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado José Soeiro, possivelmente, é a razão que permite que o Partido
Socialista chegue a 2018, olhando para o retrovisor, consciente do trabalho que foi feito, com a certeza de que
o futuro será mais fácil e, sobretudo, que tem valido a pena caminhar neste trilho.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Muito bem!
O Sr. Luís Soares (PS): — O Partido Socialista tem feito um trabalho, em articulação com os partidos que o
suportam, e que esta especialidade também confirmará, que vai no sentido de cumprir com os objetivos que
definimos. E, portanto, estas duas dimensões — sustentabilidade da segurança social e reforço da proteção
social — são uma patente que ombreamos com orgulho.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Moura Soeiro.
O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, o reforço da sustentabilidade da segurança
social não se fez por causa das metas do défice, fez-se porque houve criação de emprego, porque houve
aumento do salário mínimo, porque há combate à precariedade, porque se procurou começar a reconstruir a
economia.
Por isso, o desafio da sustentabilidade da segurança social é, justamente, o de que haja mais salário — e
temos tanto a fazer na legislação laboral, Sr. Deputado! —, o de que haja mais combate à precariedade — e
temos tanto caminho a percorrer! —, o de que haja mais emprego — e temos tanto a fazer! — e o de que se
possam também diversificar as fontes de financiamento da segurança social.
O Sr. Deputado falou-nos de trabalho e nós sabemos o trabalho que nos tem dado esse debate. Sabemos
como foi importante haver um imposto sobre o património de luxo, que reverte para o Fundo de Estabilização
Financeira da Segurança Social (FEFSS), mas sabemos que, para fazer justiça nas longas carreiras
contributivas, para fazer justiça a quem tem uma vida de trabalho, também precisamos de fazer esse debate. E
nós, pela nossa parte, não nos furtamos a ele, temos propostas concretas e é com elas que vamos continuar a
fazer esta discussão na especialidade.