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17 DE JANEIRO DE 2019

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O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — … em 2017 foi de 71 milhões de euros e em 2018 de 96 milhões de

euros. São estes os grandes níveis de investimento do Sr. Deputado.

Protestos do Deputado do PS António Sales.

Vivemos, de facto, uma situação particularmente difícil, porque o Serviço Nacional de Saúde está em situação

de stress, há riscos clínicos objetivos…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Difícil, difícil agora é o tempo, Sr. Deputado. Faça favor de terminar.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente, agradecendo a tolerância.

A situação é grave e temos de encontrar uma base de entendimento.

Sr. Deputado António Sales, uma vez que ocupou metade da sua intervenção com o Partido Social

Democrata, devo dizer-lhe que tenho muito orgulho em ser social-democrata,…

O Sr. Luís Vales (PSD): — Muito bem!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — … porque é um partido onde as pessoas vivem do confronto de

ideias, vivem do confronto de opiniões, e fazem-no de uma forma livre, com liberdade — uma palavra que os

partidos de esquerda têm muita dificuldade em encarar, infelizmente.

Se houvesse mais liberdade na gestão dos hospitais, hoje o Serviço Nacional de Saúde estaria melhor.

Aplausos do PSD.

Protestos do Deputado do BE Moisés Ferreira.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Vitalino

Canas, do PS.

O Sr. Vitalino Canas (PS): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Ontem, assistimos a mais

uma demonstração da força de uma invenção britânica que estrutura o sistema político europeu — a democracia

parlamentar.

A votação na Câmara dos Comuns — aliás, idêntica à registada na Câmara dos Lordes — é histórica pela

expressão da supremacia parlamentar e da derrota do Governo britânico, mas não é historicamente clarificadora.

Depois da rejeição do acordo de saída negociado pela Primeira-Ministra Theresa May com a União Europeia,

e depois de outra votação ocorrida há alguns dias, sabemos que o Parlamento do Reino Unido não quer algumas

coisas. Não quer uma saída desordenada ou sem acordo e não quer o acordo de saída negociado com Bruxelas.

Os motivos que juntaram 432 Deputados são, obviamente, discrepantes e, em alguns casos, até

contraditórios, mas é possível concluir que a chamada «cláusula do backstop», prevista no ponto 6.2 do

protocolo adicional sobre a Irlanda e a Irlanda do Norte foi causa determinante para muitos dos Deputados da

maioria de Governo votarem contra o acordo.

Para clarificação é pouco, e o Governo britânico, que daqui a horas assistirá à votação de uma moção de

não confiança, terá de fazer melhor.

A União Europeia aguarda, expectante e unida.

Já várias vezes se realçou e sublinha-se novamente: neste processo, a União Europeia deu uma excecional

prova de maturidade e de união dos restantes 27 Estados-Membros. Logo que foram conhecidos os resultados

do referendo, muitos populismos correram a comprar os confetti com que iriam festejar o dia da saída do Reino

Unido, o dia — antecipavam! — da derrota da Europa e, talvez até, o dia do início da sua desagregação.

Imaginaram uma Europa desorientada, vergada e suplicante perante o Reino Unido, triunfante exemplo a

seguir por mais alguns Estados-Membros.