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I SÉRIE — NÚMERO 48

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A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Primeiro-Ministro, como sabe, temos apelado ao bom senso e à

razoabilidade de todas as partes.

Permita-me só que lhe diga que não é justo que um enfermeiro que trabalha há 15 anos, que foi avaliado e

progrediu na carreira, esteja a ganhar o mesmo que um enfermeiro que acede agora à carreira, porque a

reposição foi mal feita, e julgo que esse deveria ser o compromisso do Governo para desbloquear esta situação.

Sr. Primeiro-Ministro, queríamos falar-lhe também, brevemente, da Venezuela. Todos nos lembramos,

seguramente, das imagens de Paulo Portas, José Sócrates e Cavaco Silva de braço dado com o regime

venezuelano.

Sabemos quais foram, aqui, os partidos que abraçaram Nicolás Maduro enquanto servia para fazer negócio…

Protestos da Deputada do PSD Ângela Guerra.

… e o maior cinismo é virem agora fingir que reconhecem um presidente autoproclamado, o Sr. Guaidó, por

uma suposta preocupação com direitos humanos. Estão apenas, como sempre, a tratar dos negócios!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Em nossa opinião, faz mal o Governo em acompanhar essa via.

A posição do Governo português, de reconhecer Guaidó, não tem precedente e viola o direito internacional.

Não é este o caminho para proteger o povo venezuelano e a comunidade luso-venezuelana.

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Fome! Sabe o que é isso?!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Os dois blocos internacionais que se digladiam, apoiando Maduro ou

Guaidó, estão bem mais preocupados com o controlo das enormes reservas de petróleo da Venezuela do que

com a paz ou os direitos humanos.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exatamente!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Seria prudente ter ouvido António Guterres e a ONU, que se recusaram a

afinar por Trump ou Bolsonaro e se empenharam na mediação internacional para uma solução pacífica e

democrática.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Muito bem! E o Papa!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Portugal deveria ter escolhido um lado na questão venezuelana? Sim!

Deveria ter escolhido estar ao lado das Nações Unidas,…

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — … ao lado dos direitos humanos, ao lado da diplomacia, ao serviço de uma

solução pacífica…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Ficou ao lado da democracia, em vez de ficar ao lado de um ditador!

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, peço-lhe para concluir.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Termino já, Sr. Presidente.