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8 DE FEVEREIRO DE 2019

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Entre as grandes motivações para participar na Guerra por parte do Partido Democrático e de Portugal,

estaria a convicção em defender a manutenção das antigas colónias portuguesas, de modo a Portugal poder

reivindicar a sua soberania na Conferência de Paz que se avizinhava com o fim da Guerra.

No entanto, destes homens, dois deles acabaram por perder a vida em 1915, e José Botelho, depois de ser

Deputado pelo círculo de Penafiel, perdeu a vida em 1918.

Portugal perdeu cerca de 10 000 homens. Estes homens lutaram pelas suas convicções e por um percurso

de vida que, muitas vezes, movem muitas pessoas por este mundo fora. Estes homens, ao seguirem as suas

convicções, pagaram um preço de sangue por elas. Estes parlamentares e combatentes merecem, pelo seu

percurso de vida, este momento de dedicatória e fazem parte, noutro tempo, daqueles que «por obras valerosas

se foram da lei da morte libertando».

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, em nome do Grupo

Parlamentar do CDS-PP, o Sr. Deputado João Rebelo.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Gostaria de louvar o

projeto de resolução do Partido Socialista, que consagra a memória dos três membros do Congresso da

República Portuguesa mortos em consequência de combates na I Guerra Mundial. Digo-o porque, lendo este

projeto de resolução, são vários os elementos que gostaria de destacar.

Em primeiro lugar, é a celebração da memória coletiva do povo português. Ao contrário da II Guerra Mundial,

em que Portugal não participou, Portugal participou na I Guerra Mundial e os números são impressionantes.

Mais de 160 000 portugueses foram mobilizados para as várias frentes militares: em África — em Moçambique

e Angola —, no Atlântico e na Flandres e mais de 35 000 portugueses morreram ou vieram feridos desses

combates.

Em segundo lugar, este projeto de resolução também refere as várias celebrações que este Parlamento fez

ao longo dos últimos quatro anos. Foram várias e convém relembrar isso. Participámos, ativamente, com o

Governo e com as Forças Armadas na evocação da I Guerra Mundial e da participação de Portugal nessa

mesma Guerra. Na última evocação que foi feita, um Deputado desta Assembleia da República, Diogo Leão, do

Grupo Parlamentar do Partido Socialista, questionou-nos a todos no sentido de saber se tínhamos ascendentes

que combateram na I Guerra Mundial. Fez um trabalho notável…

O Sr. Diogo Leão (PS): — Muito obrigado!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — … que constituiu um contributo do Parlamento para o estudo da I Guerra

Mundial e para vários livros que foram posteriormente publicados.

Finalmente, o projeto de resolução refere também que o Parlamento é o local certo para evocar e fazer essas

celebrações. Para além de ser a Casa da democracia, o Parlamento também é um museu e tem, como sabemos,

vários núcleos que celebram a história de Portugal, do parlamentarismo, da Monarquia Constitucional, da I

República e da Democracia pós-25 de Abril.

Este projeto de resolução, que sintetiza todos estes elementos, pede agora ao Parlamento, como última

homenagem — porque celebrámos ainda há pouco tempo os 100 anos do fim da I Guerra Mundial —, que se

evoque através de um monumento, ou do que for decidido posteriormente, três dos nossos antigos Colegas,

neste caso, um Senador e dois Deputados — o Capitão João Francisco de Sousa, o Major José Afonso Palla e

o Primeiro-Tenente José Botelho Carvalho —, que morreram na I Guerra Mundial.

É o nosso dever fazê-lo e este projeto de resolução merece o nosso apoio e terá o nosso voto favorável.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A próxima intervenção cabe ao Sr. Deputado António Filipe, do

Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português.

Faça favor.