O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

23 DE FEVEREIRO DE 2019

33

e, ao mesmo tempo, os senhores estavam obrigados a fazer muito mais porque na educação tratamos do nosso

futuro e os senhores foram negligentes.

Sr. Presidente, V. Ex.ª não terá ficado surpreendido com o exercício de propaganda e de autoelogio nem

com o passa-culpas, que aqui foi feito pelo Governo e pelos seus apoiantes, sejam eles os declarados ou os

apoiantes úteis.

Claro que tivemos anúncios e promessas em que diziam «para o ano é que se vai ser», mas, Srs. Deputados,

como é que podemos acreditar na vossa palavra ao fim destes quatro anos? Do que é que isto vale aos alunos

da Escola Secundária Dr. Celestino Gomes, da Escola Secundária de Castro Daire, da Escola Básica e

Secundária de Fajões, da Escola Secundária de Esmoriz e de tantas outras escolas por esse País? São alunos

que vão acabar os seus estudos nestas escolas sem as obras estarem feitas. Quem é que garante a sua

segurança? Quem garante aos pais a segurança dos filhos? O Sr. Ministro garante?

Srs. Membros do Governo e Srs. Deputados do PS, atacar a escola pública é gastar numa escola o dinheiro

que dava para fazer duas escolas, que foi o que fez a Parque Escolar! Atacar a escola pública é fazer a festa

com o dinheiro dos contribuintes e pôr o povo a apanhar as canas do foguetório! Atacar a escola pública é não

zelar pela segurança dos nossos alunos, é mentir aos professores, é ter a maior carga fiscal de sempre e deixar

as escolas à míngua! Atacar a escola pública é achar que ela é boa para os filhos dos outros mas não para os

nossos.

Aplausos do PSD.

Sr.ª Secretária de Estado, não nos aborrece o anúncio de que vão abrir um concurso — abrir um concurso!

— para mais funcionários, nem tão-pouco nos aborrece que ele seja feito com um número bem redondo na

véspera deste debate parlamentar, tudo bem ao estilo socrático, aborrece-nos é que não o cumpram e tenham

negado esta necessidade durante quatro anos.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Esgotou o seu tempo, Sr. Deputado.

O Sr. AmadeuSoaresAlbergaria (PSD): — Srs. Deputados do PCP e do Bloco de Esquerda, aprovaram

quatro orçamentos e este foi o Ministério que vos foi confiado para garantir a sobrevivência política do Dr. António

Costa. E, verdade seja dita, sempre que foram precisos, VV. Ex.as foram obedientemente úteis.

O Sr. PorfírioSilva (PS): — Pedra no sapato dói muito!

O Sr. AmadeuSoaresAlbergaria (PSD): — Sr. Ministro, ação política era pelos alunos. O senhor não podia

falhar, mas falhou. Este debate demonstrou bem a dimensão do seu falhanço. Foram quatro anos a empobrecer

a escola pública, foram quatro anos perdidos.

Aplausos do PSD e do Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, terminado este ponto da nossa ordem do dia,

despedimo-nos dos Srs. Membros do Governo da área da educação e passamos ao ponto seguinte, que se

reporta ao debate, ao abrigo do n.º 1 do artigo 73.º do Regimento, solicitado pelo Presidente da Comissão

Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da «Estratégia Portugal 2030».

Antes de dar a palavra ao Sr. Presidente da Comissão, o Sr. Deputado João Paulo Correia, para abrir o

debate, peço aos Srs. Deputados o favor de gerarem condições na Sala para que possamos ouvir o orador.

Pausa.

Tem a palavra, Sr. Deputado.