O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 57

26

A Sr.ª Maria Manuela Tender (PSD): — Como explica, Sr.ª Ministra, este desinvestimento e este

esquecimento de uma região tão carenciada em respostas na área da saúde? Em que lugar estão, no ranking

das prioridades do Governo, os cidadãos da região de Trás-os-Montes e Alto Douro?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para um pedido de esclarecimento, a Sr.ª Marisabel

Moutela, do PS.

A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados,

no debate da semana passada, a propósito da saúde, o Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite anunciou-nos a

pretensão de o PSD se assumir como mãe do SNS. Não fora a nossa atenção contínua e até não teríamos

ficado desagradados, porque o SNS, esta criança, ficaria entregue ao cuidado e seria defendido por dois

progenitores.

A verdade, Srs. Deputados do PSD, é que esta «maternidade» traz-nos à memória os lamentos de um alto

dirigente do PSD, à data até Primeiro-Ministro, que veio alertar Portugal para a forma como o PSD e a família,

esta família, tratava os seus próprios filhos. Recordam-se? Tratava-se de um filho que, depois de um parto difícil,

tinha ido para uma incubadora. E o que é que lhe fazia a sua família? Cito: «Estalos e pontapés».

Aplausos do PS.

Srs. Deputados, estes maus-tratos foram estendidos pelo vosso Governo ao SNS durante a vossa

governação, porque o que aconteceu foi desinvestimento, foi desmantelamento, foi retrocesso.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PSD Luís Vales.

Felizmente, o SNS tem nos socialistas uma família que não abdica dele, que investe nele, que o quer robusto

e capaz.

É isso que o Governo tem vindo a fazer e é por isso que, no ranking europeu para a saúde, Portugal passou

do 20.º lugar, onde estava em 2005, para o 13.º em 2018. É uma entidade internacional e imparcial que o diz.

Sr.ª Ministra, sabemos que é necessário continuar a trabalhar e a empenhar-nos. Preocupam-nos os níveis

de infeções hospitalares adquiridas e altamente resistentes. Como é que vamos ultrapassar este problema?

Aplausos do PS.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — De perguntas é que o Governo não gosta!

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Também para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr.

Deputado Carlos Peixoto, do PSD.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Secretários de Estado, a Sr.ª Ministra disse

aqui hoje— aliás, o Sr. Primeiro-Ministro também já o disse — que o Ministério da Saúde nunca investiu tanto

nesta área.

Enquanto diz isso alegremente e enquanto faz campanha eleitoral, a verdade nua e crua arrasa

completamente o ilusionismo do Governo.

Sr.ª Ministra, falando em números, que aqui também trouxe, sabia que, por exemplo, um estudo que saiu

hoje — já referiu um estudo e eu refiro-lhe outro — diz-nos que, nos hospitais, morrem mais doentes por

negligência médica do que em acidentes nas estradas?! Sabe quantas pessoas morreram em acidentes nas

estradas em 2018?! Foram 517 pessoas.