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11 DE ABRIL DE 2019 19

O SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) falhou e então o Estado

ia recuperar a maioria do capital. Só que não, continua tudo na mesma, sem haver alteração da estrutura

societária da mesma empresa!

Os professores eram para defender radicalmente. Mas, afinal, não, porque, à primeira contrariedade, os

professores é que não são capazes de negociar e bate-se-lhes com a porta na cara!

Os hospitais do setor social eram para valorizar na Lei de Bases da Economia Social. Só que não, vem a Lei

de Bases da Saúde e, afinal, só vale o que for do Estado!

As alterações climáticas eram uma prioridade. Só que não, se alguém propõe um fundo de emergência para

as alterações climáticas, afinal, já deixaram de o ser!

O investimento público, esse, sim, era prioritário. Só que não, todos os anos se explica porque é que, afinal,

no ano anterior ainda não aconteceu o investimento público, cujo melhor ano continua a ser o último ano do

Governo anterior, aquele que, afinal, tem tantas culpas de tanta coisa!

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — A carga fiscal ia diminuir. Só que não, bateu-se o record e a

carga fiscal é a mais alta de sempre!

Mas o segundo dever do militante esquerdista apoiante deste Governo é esconder o que não for conveniente.

Se há relatórios do SIRESP que não condizem com aquilo que foi dito na altura, escondem-se até que não seja

possível esconder mais.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Se o que aconteceu em Tancos não tem também explicação

possível, esconde-se até à última hora, tentando evitar que se apurem responsabilidades.

Se os custos do descongelamento das carreiras permitiriam fazer uma discussão séria sobre o que está em

causa, não se dá a estimativa desse custo para que ninguém possa discutir com este Governo as opções que

apresenta.

Se o custo das reversões das PPP (parcerias público-privadas) na saúde podia mostrar se estas opções

eram ou não boas opções do ponto de vista da gestão, esconde-se quanto custa cada uma dessas reversões

para que o debate não seja possível.

Se as cativações escondem a mentira que é a aprovação de cada Orçamento, aqui, neste Parlamento, e a

dissimulação de quem, à esquerda do PS, o aprova, esconde-se até não ser mais possível esconder.

Como já se disse, este Governo merece oposição e merece censura. Mas é, sem dúvida, nas opções

ideológicas que se encontra alternativa a um Governo que opta sempre, em primeiro lugar, pelo Estado, em vez

da opção alternativa do primado da pessoa. Porque, como dizia Lucas Pires, «ao princípio não era o Estado, ao

princípio era o Homem».

E a prioridade ao Estado é clara nas opções deste Governo. Não sendo já muito o tempo de que disponho,

vou dar apenas três exemplos claros.

Em primeiro lugar, o estatismo militante do Estado na saúde e na educação, limitando completamente a

liberdade de escolha, dizendo que é o Estado que sabe o que é melhor para cada aluno, para cada doente e

não que cada um sabe qual o melhor caminho para a sua educação ou qual a melhor forma de recorrer aos

serviços de saúde.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Também na saúde é sempre mais importante, para esta maioria,

de quem é a propriedade dos hospitais do que a qualidade dos serviços que prestam aos doentes.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo. Peço-lhe para concluir.