I SÉRIE — NÚMERO 73
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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E, por fim, também na receita fiscal, é sempre mais importante
cobrar do que respeitar os contribuintes.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, continuando a citar Lucas Pires,…
O Sr. Presidente: — Muito obrigado. Não pode continuar, tem de concluir, se faz favor.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … «é o Estado que tem de se humanizar, não é a pessoa que
tem de se estatizar.» É por isso que a alternativa a este Governo passa por menos Estado, por respeitar a
pessoa e por respeitar a sua liberdade.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — A Mesa regista a inscrição de três Srs. Deputados para pedirem esclarecimentos. Como
pretende responder, Sr. Deputado João Pinho de Almeida?
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Um a um, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Muito bem.
Em primeiro lugar, para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Anastácio, do PS.
O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, de facto, dá importância às fake news,
tendo começado a sua intervenção com uma tradução. Acho que o seu inglês será, com certeza, melhor do que
o meu, mas a frase que o senhor aqui usou no seu discurso foi a de que «a reversão da austeridade não foi
drástica.» Convido-o a ler o texto, que diz «is not dramatic.» Provavelmente, saberá a diferença entre uma
palavra e outra e perceberá que a sua tradução pretende indicar um caminho que não é o verdadeiro.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Muito bem!
O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Sr. Deputado, fica-lhe bem reconhecer que errou, já que apela a que os
outros também o façam quando tal acontece.
Disse muitas vezes que, para nós, a culpa é sempre do Governo anterior, enquanto argumento, como opção
justificativa.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não! Não sempre!
O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Mas, Sr. Deputado, vamos às comparações entre este Governo e o
anterior. Não há problema nenhum em fazê-lo. E vamos começar pelo PIB, que, aliás, se calhar, é um elemento
essencial de toda esta conversa e de toda esta argumentação.
Queria recordar-lhe que, em 2016, em 2017 e em 2018 — sobretudo em 2017 e 2018, em que estivemos
acima dos valores da Europa a 18 — o nosso PIB cresceu e em 2019 vai crescer. Convidava-o a tentar dar-me
um exemplo de uma série semelhante durante o Governo do qual o senhor fez parte para vermos a diferença
entre uma coisa e outra.
Aplausos do PS.
Mas quer falar de investimento público? Vamos também falar. Vamos falar do ano de 2015 e compará-lo com
o investimento público destes anos: em 2017, houve um crescimento de 25% em relação a 2016; em 2018,
houve um crescimento de 12% em relação a 2017; e prevê-se crescimento para 2019. Sabe do que resulta este
crescimento, Sr. Deputado?
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sim!