12 DE ABRIL DE 2019
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Por isso, o CDS apoia todas as iniciativas que pretendam contribuir para a redução do plástico e para a
melhoria do meio ambiente, porque podemos e devemos fazer a nossa parte, mas temos de respeitar e
incentivar, não podemos proibir e sancionar. Temos de criar mecanismos e são esses que faltam.
O grupo de trabalho que referi ainda há pouco emitiu um relatório em dezembro de 2016 e uma das matérias
que era tida como fundamental era a do apoio ao investimento na inovação. Mas, nesta matéria, não temos visto
qualquer tipo de avanços, da parte do Governo, para agilizar e apressar a mudança que é tão preciso fazer.
Enquanto essa parte não estiver feita, entendemos que não devemos antecipar as metas com as quais
Portugal se comprometeu no seio da União Europeia.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A próxima intervenção cabe ao Grupo Parlamentar do PSD,
através do Sr. Deputado António Topa.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. António Topa (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Como refere o projeto de
lei aqui em discussão, o plástico invadiu as nossas vidas. As suas características, nomeadamente o seu preço
acessível, tornaram o plástico um material usado em larga escala para os mais variados fins.
É uma realidade que todos temos de inverter. É urgente atuar. Não podemos continuar nesta senda.
O plástico tornou-se um problema sério para a humanidade, criando uma cadeia conflituante com a vida e
com a qualidade das águas dos mares, bem como um problema ambiental complicado, afetando, e de que
maneira, a fauna e a flora marinhas, nomeadamente os recifes de corais.
Através da cadeia alimentar, o consumo indireto do plástico chega a toda as espécies, nomeadamente,
também, ao ser humano, afetando a sua saúde e a sua sobrevivência.
Importante é informar e consciencializar todos contra o uso dos plásticos.
Importante é atuar com urgência, reduzindo significativamente a entrada de resíduos de plástico nos rios,
nos oceanos e na cadeia alimentar das espécies animais.
Além da eliminação gradual dos plásticos, também é importante efetuar-se a sua reciclagem e reutilização.
Importante é disponibilizar alternativas ao uso dos plásticos.
Importante é proibir a disponibilização e consequente utilização do plástico em sacos ultraleves e em cuvetes
descartáveis para embalagem e acondicionamento de produtos alimentares, de acordo com o projeto de lei que
aqui discutimos, criando-se alternativas que não nos prejudiquem e não originem problemas de natureza
ambiental.
Os prazos para a redução do uso dos plásticos têm de ser curtos. Para além do cuidado a ter com os impactos
nas embalagens da produção agrícola e do comércio, previstos no projeto de lei, e já aqui referidos, temos de
ter em atenção as empresas, assim como os seus trabalhadores, que produzem os sacos ultraleves, as cuvetes
e outros produtos de plástico fino, cujo uso se pretende agora proibir.
As empresas que fabricam estes produtos são, muitas vezes, pequenas empresas, que têm de ter todo o
tempo necessário para se readaptar e reconverter a sua produção e que têm de ser apoiadas de forma a que
não se crie instabilidade e insegurança. Ou seja, a bem do ambiente, é necessário atuar de uma forma rápida,
mas com a consciência de que é necessário tempo para que tudo se processe com normalidade.
Um planeta sem plásticos é, de certeza, um planeta melhor para se viver.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do
Partido Socialista, tem a palavra a Sr.ª Deputada Joana Lima.
A Sr.ª Joana Lima (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Viver com menos plástico é um paradigma
que todos devemos querer.