I SÉRIE — NÚMERO 78
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O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
somos fiéis ao nosso princípio: por cada crítica que fazemos, apresentamos a nossa alternativa.
Por isso mesmo, a nossa alternativa é a de reduzir a carga fiscal, começando pelo IRC (imposto sobre o
rendimento das pessoas coletivas), que é essencial…
O Sr. Paulo Sá (PCP): — Reduzir a carga fiscal para o grande capital!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … numa altura em que o investimento vai começar a descer, de
acordo com os dados do Governo,…
Protestos do PCP.
… e obrigando o Governo a cumprir a palavra que deu relativamente à neutralidade fiscal no imposto sobre
a gasolina e sobre o gasóleo.
Risos do Ministro das Finanças.
Pode o Sr. Ministro rir-se, mas vá a uma bomba de gasolina, com esse sorriso, dizer a um português que
está a pagar muito mais impostos sobre o gasóleo e sobre a gasolina, por vossa causa.
Aplausos do CDS-PP.
Defendemos uma estratégia assente numa melhor execução de fundos comunitários, em maior proteção
social e, também, em melhor segurança para os portugueses.
Temos a nossa visão, que é uma visão alternativa, e temos a certeza de que a nossa tem aquilo que vos
falta: ambição para sustentar o crescimento em Portugal.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — A Mesa não regista inscrições para pedidos de esclarecimento ao Sr. Deputado Pedro
Mota Soares, pelo que vou dar a palavra, para uma intervenção, também para apresentar os projetos de
resolução do PSD, à Sr.ª Deputada Margarida Balseiro Lopes.
Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Margaria Balseiro Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Ministros, Srs. Deputados: Ao debater hoje,
na Assembleia da República, o Programa de Estabilidade, os portugueses pedem que seja feita a avaliação do
que é proposto para os próximos anos, mas essa avaliação não pode ser feita apenas à luz daquilo que vem
enunciado nas linhas do Programa de Estabilidade, tem de ser feita também com base naquilo que foi realizado
nos últimos quatro anos.
O caminho parecia facilitado.
O Sr. António Costa Silva (PSD): — Muito bem!
A Sr.ª Margaria Balseiro Lopes (PSD): — Há quatro anos tínhamos terminado o programa de ajustamento,
Portugal estava, finalmente, a crescer desde 2014, o desemprego estava a descer sustentadamente, a
conjuntura económica internacional era muito favorável, e o País podia beneficiar da política monetária do BCE
(Banco Central Europeu).
Dessa altura, lembramo-nos, certamente, das promessas feitas, de tudo e a todos. Porém, uma Legislatura
inteira volvida, ficou provada a teoria de que prometer tudo a todos estava longe de ser possível, sem defraudar
as expectativas das pessoas.