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9 DE MAIO DE 2019

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A vida estava a correr-lhe mal. O candidato às europeias era mau. A saúde, como sempre dissemos, estava

num caos. E o que é que faz o Sr. Primeiro-Ministro? Inventa uma crise, onde não há.

Curiosamente, chantageando a Assembleia da República, que, quando lhe deu jeito, quando perdeu

eleições, foi a mesma que utilizou para dizer que o que conta são as maiorias circunstanciais, que se formam,

ou não, na Assembleia da República.

São os «zigues» e os «zagues» habituais do António e do Costa! O País está habituado, mas, hoje, o

Primeiro-Ministro está desmascarado.

Esta foi a primeira parte da sua intervenção, Sr. Deputado, com a qual estamos de acordo.

Agora, Sr. Deputado, quem, como o Bloco, passou quatro anos a aprovar Orçamentos, quem, como o Bloco,

passou quatro anos a apoiar o Governo, é que deve concluir se foi ou não enganado na Lei de Bases da Saúde,

se foi ou não enganado na contagem do tempo de serviço dos professores, e tirar consequências.

Não é agora a direita, que está onde sempre esteve, não é, nomeadamente, o CDS, que está onde sempre

esteve — …

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — E está onde, afinal?!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … com a proposta que fez, com o reconhecimento do princípio que

fez, com as condições de reavaliação das carreiras e da avaliação dos professores que sempre impôs —, que

mudou de opinião.

Ora, a minha pergunta, Sr. Deputado, tem ainda a ver com mais um outro aspeto. Aqui chegados,

politicamente, há três posições: aquela que qualificaria de hipócrita, que é a do Partido Socialista,…

Protestos do PS.

… que diz que quer pagar, mas, na verdade, já percebemos que não quer pagar, não quer contar tempo

nenhum, quer, pura e simplesmente, enganar os professores; uma posição moderada e responsável, que é a

do CDS, que reconhece o princípio, mas impõe condições,…

O Sr. Jorge Costa (BE): — Impõe agora!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … como a garantia de sustentabilidade financeira e, inclusivamente,

de impacto financeiro positivo;…

Protestos do Deputado do PCP Jorge Machado.

… e, por fim, uma posição que considero irresponsável, da parte do Bloco de Esquerda, que é a de dar tudo

a todos, ao mesmo tempo, e já.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Mas a quem a FENPROF, representando os professores, fez o apelo, foi ao Bloco. E a minha pergunta tem

exatamente a ver com isso, Sr. Deputado, e é esta: perante isso, e face a uma proposta moderada, que

reconhece o princípio, mas com condições, o que é que faz o Bloco?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, em primeiro lugar, queria esclarecer algo que me parece

óbvio: o Bloco de Esquerda teve apenas uma posição sobre esta matéria, nunca andou em ziguezague, não