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I SÉRIE — NÚMERO 86

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pendentes. Estamos, por isso, muito confiantes de que no prazo que tínhamos previsto conseguiremos alcançar

os objetivos.

Finalmente, Sr.ª Deputada, há pouco utilizou uma expressão em relação à qual eu não gostaria de deixar de

fazer uma referência. A Sr.ª Deputada disse que governar não é um jogo. Eu digo-lhe mesmo mais: a política

não é um jogo, seja quando se está no Governo, seja quando se está na oposição, seja quando se está na

posição em que a Sr.ª Deputada se encontra, tendo, por isso, a estrita obrigação de saber que o Governo não

deu cambalhota nenhuma, que o Governo fez o que lhe competia fazer.

Aplausos do PS.

O Governo negociou com os sindicatos. Perante a intransigência sindical, avançou com uma proposta.

Perante a proposta do Governo, não recebeu nenhuma contraproposta, a não ser a lengalenga de «quatro anos,

nove meses e dois dias», e daqui não saíram.

Protestos do BE.

E nós cumprimos aquilo que tínhamos dito. Mesmo sem acordo, fizemos o que nos tínhamos disponibilizado

para fazer.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Concluo já, Sr. Presidente.

E mais: as contas têm de ser feitas como elas são, porque esse efeito líquido…

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Não é assim!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É, é assim, Sr.ª Deputada Mariana Mortágua! É que os impostos dos professores

não estão consignados ao seu vencimento como os impostos que a Sr.ª Deputada paga. Não estão a ser

consignados ao pagamento do seu salário, são receita geral do Estado!

Aplausos do PS.

Protestos da Deputada do BE Mariana Mortágua.

E as contribuições de todos para a segurança social contribuem para as pensões de todos.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Primeiro-Ministro. Já ultrapassou o tempo de que dispunha.

O Sr. Primeiro-Ministro: — E tal como não podemos somar aos salários as pensões que venham a receber,

não podemos descontar aos salários as contribuições que pagam, como todos pagamos. E se há coisa que o

Governo teve muito cuidado em fazer foi nunca diabolizar os professores!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Mas foi mesmo isso que fizeram!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nunca discriminámos os professores em relação a qualquer outro profissional.

Pelo contrário, assegurámos-lhes um tratamento equitativo a todos os outros profissionais e a toda a função

pública.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP, a Sr.ª Deputada Assunção

Cristas.