I SÉRIE — NÚMERO 91
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O Sr. Carlos Silva (PSD): — A pergunta é: quando é que vai mudar o Governo?!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — … podemos identificar problemas de 2011, de 2013, de 2014, de 2015,
de 2016, mas situações inacreditáveis e dramáticas estão a acontecer agora — e, hoje, é dia 31 de maio de
2019!
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Ministro — e com isto termino —, acho que lhe fica bem identificar
o problema, mas fica-lhe melhor resolvê-lo.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra, pelo Grupo parlamentar do PCP, a Sr.ª Deputada Ana Mesquita.
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,
registamos, em primeiro lugar, que o Sr. Ministro do Ambiente não teve uma única palavra para o corte
inaceitável de quase um terço da oferta por redução dos horários da Soflusa.
Sr.as e Srs. Deputados, há quem queira colocar tudo a andar para trás, mas o que é preciso é mesmo andar
para a frente. É preciso não só defender a conquista do alargamento do passe social, mas também é preciso
que o Governo tome as medidas para aumentar a oferta em quantidade, qualidade e fiabilidade.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem!
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — É verdade que estancar a sangria de trabalhadores não chega para cicatrizar
o golpe sofrido pela EMEF. Há medidas que já deviam ter sido tomadas há muito tempo, como aquelas que o
PCP já aqui trouxe há um ano, a propósito de dois projetos de resolução e em cuja discussão afirmámos que
deveria ser dada urgência máxima ao reforço de pessoal e aquisição de meios necessários para responder às
necessidades, porque há comboios suprimidos por falta de manutenção e a EMEF sabe como resolver o
problema, mas há conhecimento técnico na EMEF que está a ser perdido, porque não há rejuvenescimento de
pessoal na EMEF.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!
A Sr.ª Ana Mesquita (PCP): — Foram duas iniciativas para resolver problemas que não contaram com o
voto favorável do PSD nem do CDS, que hoje, pasme-se, choram, até, lágrimas de crocodilo.
Srs. Membros do Governo, no plano imediato é preciso contratar os trabalhadores em falta nas empresas de
transportes porque faltam trabalhadores em todo o lado. Não aceitamos o jogo do «ministro bom/ministro mau»,
dizendo que um autoriza e o outro não deixa. O Governo tem de resolver este problema!
As dezenas de supressões na linha de Sintra têm infernizado a vida aos utentes. Na linha do Oeste, também
se acumulam dificuldades para quem usa o comboio. Se isto se sente muito no distrito de Lisboa, também se
sente no distrito de Setúbal, no do Porto e em vários pontos do País, porque não se limita a supressões nos
transportes públicos urbanos e suburbanos.
Há muito que o Governo sabia da falta de trabalhadores, da falta de material circulante, dos riscos agravados
de avaria, dos longos e frequentes períodos de manutenção porque a frota está velha. No entanto, cá estamos
hoje a falar disto! E só agora se avança com um plano, que há longo tempo devia e podia estar não só feito
como a ser implementado no terreno.
Se é de futuro, se é de cumprir o direito à mobilidade das populações, se é de apostar em alternativas mais
amigas do ambiente, então é preciso priorizar linhas de ação e o PCP defende, entre outras, as seguintes:
contratar, de imediato, todos os trabalhadores em falta; comprar comboios para a CP, com destaque para a frota
de Cascais, alargando o número de comboios nas restantes linhas de forma integrada; modernizar a Linha