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I SÉRIE — NÚMERO 91

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ajustado à disponibilidade das pessoas, dos quadros que temos, nomeadamente dos mestres, existindo uma

greve. Evidentemente que esse horário será imediatamente reajustado assim que a greve acabar,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Que bela chantagem!

O Sr. Ministro do Ambiente e da Transição Energética: — … e certamente a greve acabará antes disso.

Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, as supressões tiveram sempre que ver com faltas ao trabalho,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Faltas ao trabalho?!

O Sr. Ministro do Ambiente e da Transição Energética: — … nunca tiveram que ver com a inexistência

de navios ou com a falta de condições materiais para poderem fazer-se essas mesmas deslocações.

Sr.ª Deputada Sandra Cunha, não é por ter Mestre no nome que entende necessariamente melhor os

problemas da Soflusa do que nós próprios. Tudo fizemos para ter o melhor serviço possível na Soflusa, não

negando, nunca negámos em momento algum, os constrangimentos que temos.

Mas não foi só na Soflusa que o fizemos, no metro chegámos a ter 30 unidades triplas paradas e, hoje, não

temos nenhuma. Temos, de facto, navios de folga na Transtejo e na Soflusa e estão a ser contratados os

trabalhadores em falta.

Precisamente porque a Soflusa é a empresa — e percebe-se porquê, quando em comparação com a

Transtejo — que tem um conjunto de navios mais modernos do que os da Transtejo e, por isso, o investimento

dos 10 novos navios é para a Transtejo, sentimos ser agora a oportunidade de poder investir nos navios

existentes na Soflusa, reforçando a sua capacidade.

Com o novo layout, eles podem ter uma maior capacidade de transporte, que pode chegar aos mais 100

passageiros em cada barco. Isto é um investimento de, aproximadamente, 800 000 € e que, no fundo,

corresponde a termos mais um navio em hora de ponta.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Ainda no tempo do Governo, tem a palavra o Sr. Ministro das Infraestruturas e da

Habitação, Pedro Nuno Santos.

O Sr. Ministro das Infraestruturas e da Habitação: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu pedi desculpas

aos passageiros dos nossos transportes públicos, porque é a obrigação de um membro do Governo quando há

supressões que interferem e prejudicam o quotidiano dos nossos portugueses. Essa é a nossa obrigação.

Isso não permite que o PSD e o CDS retirem a conclusão que acabaram por retirar. Isto porque desde 2016,

na EMEF… E porque é que falamos da EMEF? Porque é na EMEF que está grande parte da solução para

termos reparações e manutenções mais rápidas, mais a tempo, capazes de suprir as falhas que vamos tendo.

Nós, na EMEF, estancámos uma queda que vem de há muitos anos, há mais de 10 anos. Foram contratados,

repito, 124 em 2016 e 102 em 2018, alguns a entrarem ainda em 2019. Não é suficiente, mas fizemos

contratações que não eram feitas há muitos anos na EMEF.

Foi lançado um concurso para aquisição de novo material circulante, que vai demorar a chegar. Não há

armazéns com comboios, chegarão entre 22 e 23, mas o concurso está lançado, está a decorrer.

Foi reforçado o aluguer de comboios a Espanha. Já chegaram alguns e vão chegar todos até setembro, o

que quer dizer que esse trabalho foi sendo feito ao longo dos anos.

Dissemos também aqui que aquilo que foi feito ainda não resolve o problema e que vamos dar uma resposta

de curto prazo reforçando a contratação de trabalhadores para a EMEF e para a CP e, para dar resposta aos

problemas da CP a médio e a longo prazos, contratualizar um serviço público com o Estado português que dê

estabilidade e previsibilidade à administração da empresa. Isto foi o que fizemos e o que queremos fazer.

Foi aqui dito — faz parte do debate — que continuamente vamos ignorando aquilo que cada um de nós vai

dizendo, o que é errado, mas é normal.

Disse o Sr. Deputado Nuno Magalhães: «A sua intervenção fazia sentido se estivesse em 31 de maio de

2016». Em nenhum momento dissemos que chegámos a 2019 e que temos todos os problemas do País