1 DE JUNHO DE 2019
31
O Sr. Ministro das Infraestruturas e da Habitação: — Voltando aos transportes, e concluindo, nós fizemos
um concurso para material circulante, alugámos mais composições a Espanha, aumentámos a contratação de
trabalhadores para a EMEFE e para a CP e vamos continuar a fazer esse trabalho porque o País precisa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar à fase de encerramento do debate.
Tem a palavra o Sr. Ministro do Ambiente e da Transição Energética.
O Sr. Ministro do Ambiente e da Transição Energética: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Fizemos
o Programa de Apoio à Redução Tarifária, PART, o mais importante programa de incentivo ao uso do transporte
coletivo da democracia e também um programa de descarbonização.
Em simultâneo, fizemos o mais importante programa da redução do preço do transporte público que, em
alguns casos, representa uma poupança de mais de 100 € mensais na carteira dos portugueses nas Áreas
Metropolitanas do Porto e de Lisboa.
Mas não só: quando o fizemos, tornámos possível que se fizesse para todos. Exemplos: fizemos para o
Algarve, onde o preço dos passes foi reduzido em 50%; fizemos para Aveiro, onde a redução do preço foi mais
de 40% e acompanhada por uma oferta dos transportes; fizemos para o Baixo Alentejo, onde os seniores
passaram a ter transporte grátis.
Quem não fez? O PSD de Rui Rio e o CDS de Assunção Cristas. Nada fizeram, para além de falarem e de
falarem mal. Primeiro, caricaturaram o PART, que apodaram de centralista; segundo, chamaram-lhe eleitoralista
esquecendo que, no seu âmago, se trata de uma política de descarbonização que não escolhe hora para ser
aplicada. Uma medida que remove barreiras económicas à utilização dos transportes coletivos, uma medida
resultante da cooperação com as autarquias e com os parceiros do Governo, uma medida que em dois meses
foi responsável por mais de 100 000 carregamentos de passes nas duas Áreas Metropolitanas do País e que
evita anualmente a emissão de 80 000 t de gases com efeitos de estufa.
Sr.as e Srs. Deputados, lançámos os concursos para a expansão da rede dos metros de Lisboa e do Porto,
também lançámos os concursos para aquisição das novas composições para estes mesmos metros e lançámos,
ainda, o concurso para a compra de novos navios para a travessia do Tejo. Ou seja, pusemos em marcha
investimentos da ordem dos 750 milhões de euros para reforço da oferta nos principais meios de transporte
metropolitanos nas zonas do País onde as necessidades são maiores.
Quem não fez? O então PSD de Passos e o então CDS-PP de Portas. Nada fizeram. Deixaram-nos uma
herança que envergonharia qualquer governante em qualquer zona do mundo.
Protestos do PSD.
Deixaram uma herança de castigo, a herança a que habituaram os portugueses durante o período da troica.
Deixaram-nos os maiores aumentos de preços de sempre dos transportes coletivos. Deixaram uma tentativa,
que impedimos, de privatização das empresas de transportes coletivos. Deixaram a maior perda de passageiros
dos transportes coletivos da nossa história, diminuindo a oferta, dispensando trabalhadores e condicionando a
procura.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
As contas estavam feitas. Ficava mais barato a uma família residente em Cascais e com deslocações diárias
para Lisboa usar o carro do que os transportes coletivos. Impensável em qualquer área metropolitana do mundo!
As consequências: entre 2011 e 2015, perderam-se 100 milhões de passageiros, número que já recuperámos.
Sr.as e Srs. Deputados, fizemos a transferência das empresas de transporte coletivo rodoviário: da Carris,
concluída, da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto), já com a gestão entregue às autarquias,