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1 DE JUNHO DE 2019

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subido consistentemente e, pela primeira vez na história, a remuneração permanente média é superior a 940 €

por mês. Mais: num contexto em que o salário mínimo subiu 18%, a proporção de trabalhadores por este

abrangida desceu, em comparação com o último ano, o que significa que há cada vez mais trabalhadores a

ganharem ainda mais.

Tem sido a força de recuperação do emprego que tornou mais robusta a nossa segurança social, como, aliás,

sempre dissemos que aconteceria. É por isso que o excedente da segurança social aumentou para 1,6 mil

milhões de euros no mês passado, um valor que corresponde já a 98% do saldo global previsto para o conjunto

deste ano, ainda antes de chegarmos a meio.

Aplausos do PS.

Os que queriam somar um modelo de baixos salários a uma segurança social para ricos e outra para pobres

têm aqui a demonstração de que é com um mercado de trabalho dinâmico e com bons salários que defendemos

aquilo que é de todos. Gostaria de reiterar a certeza e a convicção de que o Partido Socialista jamais permitirá

que as reformas dos portugueses sejam entregues à roleta dos fundos privados e das seguradoras.

Aplausos do PS.

Por último, depois da melhoria quantitativa e da melhoria salarial, há uma terceira dimensão: a melhoria

qualitativa. Ela é tão evidente que quem tenta ignorá-la acaba por bater contra uma parede. Os novos empregos

criados entre o final de 2015 e o início de 2019 são, maioritariamente, por conta de outrem e sem termo,

correspondendo a 97%. Houve uma redução dos horários de trabalho incompletos e um aumento dos

trabalhadores com horário completo e salário completo. Mais: o número de trabalhadores abrangidos pela

contratação coletiva tem vindo a aumentar, passando já os 900 000.

Melhoria quantitativa, melhoria salarial, melhoria qualitativa — para onde quer que olhemos, os dados são

indesmentíveis e remetem para uma recuperação generalizada do mercado de trabalho. Isso não aconteceu por

força da mão invisível, mas por um conjunto coordenado de políticas, nas quais também foram muito importantes

as medidas legislativas que aqui fomos aprovando ao longo desta Legislatura e para as quais o principal

contributo do PSD e do CDS foi mesmo a sua falta de comparência.

O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Gostaria de salientar que sabemos que nem tudo está feito, como nunca está na vida política, mas temos um

enorme orgulho no caminho percorrido e na forma como reorientámos as políticas económicas e laborais do

País, aumentando a coesão social, o emprego e as remunerações.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Não separamos o forte crescimento da economia justa da sua

redistribuição, porque é assim que entendemos um País mais desenvolvido.

É isso que a maioria dos portugueses espera de nós e é isso que continuaremos a fazer.

O Sr. Presidente: — É agora a vez do Governo.

Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José

António Vieira da Silva.

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (José António Vieira da Silva): — Sr.

Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Menos de um mês decorrido sobre o último debate que aqui

tivemos sobre a precariedade laboral, entendeu agora o Grupo Parlamentar do PS requerer um debate de

urgência sobre o mercado de trabalho.