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I SÉRIE — NÚMERO 91

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… é um País que está na linha da frente ao nível da redução do desemprego juvenil — tantas vezes a Sr.ª

Deputada falou nisso!; é um País que reduziu o número de jovens que não estão a trabalhar, nem a estudar,

nem em formação; é um País que criou muitos mais postos de trabalho, reduzindo a nossa dívida, reduzindo o

nosso défice e tendo hoje os níveis de juros sobre a dívida mais baixos da nossa história. É este o País que

vamos deixar ao próximo Governo.

Aplausos do PS.

Protestos da Deputada do PSD Joana Barata Lopes.

Poderia dizer-lhe também que é um País que voltou a investir nas políticas sociais, que voltou a investir no

futuro e na qualificação dos portugueses.

Srs. Deputados, apesar de este Governo ter tido de conviver com um quadro comunitário onde alguém

decidiu que era necessário retirar alguns milhares de milhões à formação profissional — é bom que se relembre

isto —, fez o contrário e reforçou as verbas na formação profissional.

Se querem ver o resultado e discuti-lo, vamos ver este último orçamento para formação profissional, vamos

ver os orçamentos dos centros protocolares, vamos ver a percentagem de desempregados que estão hoje

cobertos por medidas ativas de emprego, comparando com o passado, e vamos ver não falsas medidas ativas

de emprego, falsos estágios ou apoios à contratação sem fim!

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Há 63% que nem lá vão!

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Vamos ver estímulos! Vamos ver

qualificação! Vamos ver mais de 300 000 portugueses no programa Qualifica. Este é o País que deixamos ao

próximo Governo e que é muito diferente do País que os senhores deixaram.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado António Carlos Monteiro, poderia dizer-lhe o mesmo que disse à Sr.ª Deputada Joana Barata

Lopes, ou seja, «revisitemos a assinatura do Memorando».

O Sr. Duarte Marques (PSD): — É a sua!

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Revisitemos quem é que o assinou e

quais foram os compromissos e as afirmações feitas acerca dele.

Também podemos relembrar, se quiser, a célebre «saída limpa» e podemos revisitar todas as outras políticas

que foram desenvolvidas, muito para além da troica, pelo Governo anterior, e que levaram, aliás, a alguns

conflitos, que a memória não me permite agora desenvolver plenamente, entre os partidos da então coligação

do Governo.

Volto a dizer, já que o Sr. Deputado insiste, que é evidente que temos um problema de qualificação dos

portugueses. É verdade. Melhor seria, para o prevenir, que não tivéssemos de ter corrigido opções

profundamente erradas no sistema educativo, opções profundamente erradas na formação profissional, como

aquela da segregação dos jovens que escolhem as vias profissionais para a sua formação inicial, que os

senhores tanto promoveram.

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, houve um tempo, neste País — recentemente —, em que para um jovem se poder inscrever

num curso de aprendizagem necessitava de pedir, individualmente, uma autorização ao Ministro da Educação.

Quando se enchia a boca com o apoio à formação dual e ao sistema de aprendizagem, fazia-se o contrário do

que se dizia.