O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 91

50

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Vou mesmo terminar, Sr. Presidente.

A discussão que vamos fazer nas próximas semanas vai dizer quem é a muleta do Governo. Se o Governo

quer encontrar e acompanhar o PCP nas propostas de valorização do trabalho, ou se quer apoiar-se no PSD e

no CDS para manter uma legislação laboral profundamente desequilibrada de degradação das condições de

vida e das condições de trabalho neste País.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para encerrar esta ronda, vou dar a palavra ao Sr. Ministro do Trabalho,

Solidariedade e Segurança Social. Ocorre que será também o Sr. Ministro a usar da palavra no encerramento

do debate por parte do Governo. Na prática, isso significa uma intervenção em continuidade. Chamo a atenção

da Câmara para que tal implica que o Governo tenha um tempo global utilizado pelo mesmo orador de 15

minutos. Não faz sentido interromper o Sr. Ministro, pelo que o procedimento que acabei de enunciar será aquele

que se fará.

Tem, portanto, a palavra o Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados:

Sr.ª Deputada Joana Barata Lopes, vejo que a Sr.ª Deputada tem um grande interesse pela minha carreira

política, já que fez aqui várias incursões no passado — muito bem! Prometo que tentarei ter a mesma atenção

com a sua.

Risos da Deputada do PSD Joana Barata Lopes.

Sr.ª Deputada, apenas como nota introdutória, convidava-a a revisitar as assinaturas do Memorando com a

troica para ver quem é que o escreveu e o assinou.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Mas quem é que negociou o que está lá escrito?

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Se a Sr.ª Deputada não ficar satisfeita

com essa revisitação, aconselho-a a revisitar as múltiplas intervenções de dirigentes do seu partido, que

chamavam a si todos os méritos desse acordo. Lembra-se, Sr.ª Deputada?!

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — É impressionante!

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — E se essa revisitação não for suficiente,

lembro-lhe as vezes em que dirigentes do seu partido e do Governo que a Sr.ª Deputada apoiava vieram dizer

que o programa da troica não era da troica e sim o vosso programa. E, mais, que queriam ir além do programa

da troica.

Aplausos do PS.

Protestos da Deputada do PSD Joana Barata Lopes.

E foram! Só não foram mais…

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Mas quem é que negociou?! O que é que está lá escrito?

O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Sr.ª Deputada, não se enerve, não vale

a pena.