I SÉRIE — NÚMERO 103
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Tem a palavra, Sr.ª Deputada Assunção Cristas.
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, é um pedido de esclarecimentos especial e espero
que seja bem compreendido por todos.
O Deputado Luís Pedro Mota Soares é conhecido e reconhecido por todos nós como Deputado, como
governante e, também, no quadro do CDS, como líder brilhante da, então, Juventude Centrista e como nosso
Secretário-Geral, só para falar de dois cargos mais relevantes.
O CDS está imensamente grato por estes anos de dedicação à causa pública: os que referiu, tendo ainda
sido Deputado, anteriormente, mais uns poucos anos. Creio que foram 12 ou 13 anos como Deputado e 4 anos
e meio como Ministro da Solidariedade, numa situação particularmente difícil para o nosso País, nos tempos
que ficarão conhecidos como os «tempos da troica».
Para além deste agradecimento institucional, permitam-me uma nota pessoal. Conheci o Pedro Mota Soares
em 2007, quando entrei para o CDS, e lembro-me bem do seu acolhimento caloroso. Depois, há 10 anos, em
2009, quando fui eleita como Deputada pela primeira vez, o Pedro Mota Soares foi, então, o líder da bancada
parlamentar, um líder brilhante, que me ajudou, a mim, como a tantos outros, a dar os primeiros passos nesta
Casa. Registo a sua dedicação incansável, o seu trabalho permanente, a sua criatividade no trabalho dedicado
a esta Casa da democracia, todos os dias, a começar bem cedinho.
Fomos juntos para o Governo e coube-lhe a tarefa difícil, da qual se desincumbiu com brilhantismo, de, em
tempos de troica e de dificuldades, garantir uma rede de emergência social e um bom funcionamento de todo o
setor social, central e indispensável em tantas áreas do nosso País: da primeira infância aos idosos, dos mais
carenciados aos doentes. Deixou a sua marca, que continuará a ser reconhecida por todos.
Pedro Mota Soares deixa-nos, agora, no Parlamento, mas o CDS e eu própria continuamos a contar com ele
na primeira linha da política, a política que se faz nesta Casa, mas que, felizmente, também se faz bem para lá
desta Casa.
Quem tem estas qualidades políticas e humanas, de serviço empenhado, sempre empenhado, em prol dos
outros e com espírito de missão, tem muito e muito mais a dar ao País.
No CDS, estamos profundamente gratos por tudo aquilo que já fez e atrevo-me a dizer que estamos
antecipadamente agradecidos por aquilo que ainda fará.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Não darei, ainda, a palavra ao Sr. Deputado Luís Pedro Mota
Soares, para responder, porque, entretanto, o Sr. Deputado Adão Silva inscreveu-se também para um pedido
de esclarecimentos, em sentido amplo.
Tem a palavra, Sr. Deputado Adão Silva.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Luís Pedro Mota Soares, é para
mim, também, um prazer poder usar da palavra hoje, num momento tão especial de V. Ex.ª no Parlamento.
Somos amigos há muitos anos, colegas Deputados também há muitos anos, e acho que nos ficou algo que
posso testemunhar: uma enorme relação de confiança, de cordialidade e, sobretudo, um sentido de
aprendizagem das coisas, do mundo e, particularmente, daquilo que mais nos interessou, ao longo destes
últimos anos, que foi a matéria da segurança social, do trabalho e da solidariedade.
Depois, foi para mim, sobretudo, um grande prazer vê-lo ascender ao papel de Ministro, acompanhá-lo nesse
papel e constatar, testemunhar e reconhecer o seu empenho, o seu denodo, para que, apesar de todas as
condições complexas que o País atravessou entre 2011 e 2015, houvesse mais solidariedade, mais equidade,
mais justiça e mais coesão social no País.
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Essa é boa! Devia ter vergonha de estar a dizer isso!
O Sr. Adão Silva (PSD): — Por isso, também não admiram as suas últimas palavras, na sua intervenção
aqui, no Parlamento, quando refletiu sobre os desafios deste mundo solidário em Portugal, quando refletiu sobre