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11 DE JULHO DE 2019

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Aplausos do PS.

E isso, desde logo, é muito injusto para o Partido Ecologista «Os Verdes», é muito injusto para o Partido

Comunista Português e, deixe-me dizer-lhe, até é injusto para o Partido Socialista.

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — É verdade!

Vozes do PSD: — Não!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — Acho que aquilo que temos de assumir por inteiro é o passivo e o ativo desta

Legislatura. Eu, por mim, assumo todo o ativo e todo o passivo desta Legislatura.

E é verdade que até aqueles aspetos que não constavam dos acordos com o Bloco de Esquerda constavam,

por exemplo, do acordo com Os Verdes para a prioridade ao investimento na ferrovia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não é por acaso que nesta Legislatura se investiu quatro vezes mais nos

transportes públicos do que aquilo que se investiu na Legislatura anterior. De facto, não estava no acordo com

o Bloco de Esquerda, mas estava no programa do Partido Socialista, estava no acordo com Os Verdes, esteve

repetidamente em debate, e a vida não começa e acaba no acordo com o Bloco de Esquerda.

Aplausos do PS.

Como também na saúde, é verdade, não estavam fixadas as metas concretas, mas a realidade supera,

felizmente, aquilo que foi previsto fazer há quatro anos atrás. E, porventura, há quatro anos atrás nunca

imaginávamos que íamos conseguir repor tudo o que a direita tinha cortado no Serviço Nacional de Saúde, com

um reforço do investimento no Serviço Nacional de Saúde em 4600 milhões de euros ao longo da Legislatura.

Foram 13% de aumento de investimento no Serviço Nacional de Saúde.

Esse aumento permitiu não só termos mais 11 000 profissionais; permitiu não só irmos ter as 100 USF a que

nos tínhamos comprometido; permitiu-nos ter várias dezenas de centros de saúde, mas, sobretudo, ter aquilo

que é mais importante: os portugueses terem hoje mais consultas do que tinham, mais cirurgias do que tinham,

quer nos centros hospitalares, quer nos cuidados de saúde primários.

É isso que faz a diferença e é essa a diferença que nós, efetivamente, podemos concretizar.

E acho que há boas razões para podermos estar confortados com aquilo que são as condições que hoje

temos para poder fazer mais e melhor. É que hoje o País já não tem o garrote da dívida com a dimensão que

tínhamos há quatro anos atrás. E graças a termos contas certas, temos reduzido sustentadamente o défice,

temos tido sempre saldos primários positivos. Hoje, temos uma dívida menor e poupamos aos portugueses 2000

milhões por ano em juros da dívida.

Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias.

Ora, são 2000 milhões de euros que podemos reinvestir. Não se trata do brilharete de Mário Centeno ou de

quem quer que seja em Bruxelas, trata-se de um brilharete de Portugal, trata-se de um brilharete dos

portugueses, trata-se de algo que vai beneficiar todas e todos os portugueses. E estou seguro de que o Bloco

de Esquerda não desejava um défice maior e que, em vez de podermos estar a investir mais na saúde ou na

educação, andássemos a gastar mais dinheiro em juros.

Com certeza que não era isso que o Bloco de Esquerda desejaria.

Aplausos do PS.

Ora, Sr.ª Deputada, o sucesso desta Legislatura resulta precisamente deste equilíbrio. Não nego,

obviamente, o contributo do Bloco de Esquerda, como não nego o contributo do PCP, como não nego o