I SÉRIE — NÚMERO 107
20
E vamos fazer mais, vamos continuar a trabalhar para cumprir o que está previsto no Orçamento do Estado,
que é o lançamento dos cinco novos hospitais que referiu, o da zona oriental de Lisboa, o central do Alentejo, o
do Funchal, o do Seixal e todos os outros. Está prevista a sua construção no Orçamento do Estado e é isso que
estamos a cumprir.
Sr. Deputado, hoje há menos composições paradas do que havia no tempo em que o Governo era apoiado
por V. Ex.ª. Já há pouco lhe dei o exemplo do metro. Sabe quantas composições do metropolitano estavam
paradas? 30! Sabe quantas é que estão paradas? Nenhuma, porque as reparámos todas e estão de novo em
funcionamento.
Aplausos do PS.
E os investimentos que foram feitos na manutenção e no sistema de segurança permitiram ao metropolitano
retomar outra vez uma velocidade comercial de 60 km/hora e com isto aumentar a oferta em 5%.
Aliás, o vosso problema não é com a oferta, o vosso problema é terem votado contra a redução do tarifário…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não! Não!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … e, no fundo, toda a gente perceber que se o CDS e o PSD voltassem a ser
Governo os passes sociais voltavam a subir e os portugueses voltavam a pagar o que pagavam antes pelo
transporte público.
Aplausos do PS.
Sr. Deputado, finalmente, as contas estão erradas. São 700 000 os portugueses que passaram a ter acesso
a médico de família, porque quando chegámos ao Governo eram mais de um milhão e neste momento são 300
000.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não! Não!
O Sr. Primeiro-Ministro: — E o que acontecerá no termo do concurso que está a decorrer é que
asseguraremos que 97% dos portugueses terão médico de família no final desta Legislatura.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Até outubro?
O Sr. Primeiro-Ministro: — Não conseguimos chegam aos 100%, é verdade, mas não conseguimos chegar
aos 100% por ausência de recursos suficientes, de candidatos suficientes, e não por falta de abertura de vagas,
não por qualquer tipo de cativação, porque não há cativações na saúde, e há uma coisa que garantimos: ficamos
neste momento a três pontos percentuais desse objetivo e seguramente que vamos cumpri-lo no primeiro ano
da próxima Legislatura.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Pelo Grupo Parlamentar do PCP, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro: O estado da Nação é o estado de
um País que estancou algumas das mais graves chagas sociais e é o estado de um povo que, recuperando
direitos e rendimentos, recuperou a esperança no futuro.
Isso não esconde os graves problemas estruturais que se mantêm por resolver nem a insatisfação popular
perante expectativas por concretizar.
Tudo isso clarifica a questão que está colocada para o futuro, que é a de fazer opções para defender os
direitos conquistados e avançar no seu aprofundamento.