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18 DE SETEMBRO DE 2020

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O Sr. Presidente: — Boa tarde, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas. Vamos dar início à sessão plenária.

Eram 15 horas e 4 minutos.

Sr.as e Srs. Deputados, a ordem de trabalhos de hoje tem sete pontos de debate, mas, antes de começarmos,

a Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha tem várias informações a dar.

Faça favor, Sr.ª Secretária.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e foram admitidas, as seguintes iniciativas legislativas: Propostas de Resolução n.os 11/XIV/2.ª (GOV) e

12/XIV/2.ª (GOV); Projetos de Lei n.os 506/XIV/2.ª (CDS-PP), 507/XIV/2.ª (PCP), 509/XIV/2.ª (PCP), 510/XIV/2.ª

(PCP) e 511/XIV/2.ª (PCP); e Projetos de Resolução n.os 627/XIV/2.ª (PCP), 628/XIV/2.ª (PAN), 629/XIV/2.ª

(PAN), 630/XIV/2.ª (PCP) e 631/XIV/2.ª (CDS-PP).

É tudo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr.ª Secretária. Como é evidente, no site do Parlamento, estão identificados os temas visados por cada uma destas

iniciativas.

Sr.as e Srs. Deputados, vamos, então, dar início ao primeiro ponto da nossa ordem de trabalhos de hoje, que

é o da apreciação do Projeto de Resolução n.º 561/XIV/1.ª (PS) — Recomenda ao Governo que crie uma tarifa

social de acesso a serviços de internet.

Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Filipe Pacheco, do Grupo Parlamentar do PS.

O Sr. Filipe Pacheco (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Partido Socialista traz hoje a esta Câmara a discussão de um projeto de resolução para a criação de uma tarifa social de acesso a serviços de

internet, porque entende que a internet é hoje um bem absolutamente essencial para toda a população.

Entendemos que é função e responsabilidade do Estado garantir que ninguém fica para trás no atual

processo de transformação digital que todos vivemos e entendemos que esta transição digital tem de ser feita

protegendo os direitos e as liberdades e garantindo a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.

É neste contexto que defendemos uma internet livre e aberta e que o seu acesso seja um direito universal e

economicamente acessível.

Mas a medida que hoje aqui apresentamos não é uma medida avulsa e isolada, faz parte de um programa

muito mais vasto, de uma ideia para o País que está materializada no Plano de Ação para a Transição Digital,

que foi aprovado no início do ano, pelo atual Governo, no domínio do Portugal Digital, e que é um documento

estratégico que procura concretizar três grandes prioridades: a capacitação digital das pessoas, a transformação

digital das empresas e a digitalização do Estado.

Esta é uma medida que se encontra também alinhada com as iniciativas de capacitação da INCoDe.2030

(Iniciativa Nacional de Competências Digitais e.2030), criada também pelo atual Governo, que pretende

aumentar a literacia digital e a utilização de serviços públicos digitais.

E é também no contexto do crescente caminho que está a ser percorrido na modernização da Administração

Pública que é importante que não existam obstáculos no acesso à internet para utilização dos serviços públicos,

como, por exemplo, para fazer a renovação do cartão de cidadão à distância ou para a marcação de uma

consulta de saúde online.

Se tudo isto não bastasse, o isolamento que a maioria dos portugueses viveu, há uns meses, lembra-nos

que o acesso à internet está já entranhado nas nossas vidas e que sem esta rede ficaríamos confinados ou em

isolamento quase absoluto. E se é verdade que a pandemia veio acelerar a transformação digital das empresas

e dos governos, também é verdade que colocou em maior evidência as dificuldades sentidas pelos grupos mais

vulneráveis da sociedade no acesso às ferramentas tecnológicas, com consequentes e evidentes desigualdades

sociais.

Por todas essas razões, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista quer que o Governo crie uma tarifa social

de internet, semelhante à atual tarifa social de eletricidade, que possa contribuir não só para reduzir os encargos