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I SÉRIE — NÚMERO 7

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O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — E do Paulo Campos!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Portanto, perceba que, quando ouço falar em grandes planos de investimento público, quando ouço «agora é que vai ser», quando dantes tínhamos de combater a

interioridade com as autoestradas, mas agora já não, é o País da ferrovia, olho para isto tudo com um

bocadinho de desconfiança, sobretudo quando vejo, nos planos, grandes palavras, grandes intenções, mas,

depois, de medidas concretas, vejo muito pouco.

Quanto a medidas concretas para as empresas, já lhe dei uma: pegar num dos vários impostos ou

contributos que prorrogou e, numa parte, pura e simplesmente, eliminá-lo e não cobrá-lo. É fácil, é rápido e

ajuda muitas empresas.

Em relação ao Sr. Deputado Duarte Alves, que me fez uma pergunta sobre a nossa posição relativamente

a fórmulas e ao salário mínimo nacional, trouxe alguns números, porque, às vezes, sobre fórmulas, mais vale

irmos ver a realidade.

Em relação ao salário mínimo nacional, fui olhar para os países da Europa em que ele é mais alto e vi isto:

Luxemburgo, 2141 € de salário mínimo; Irlanda, 1681 € de salário mínimo; Holanda, 1666 € de salário mínimo.

Do lado das vossas bancadas, só ouço críticas a estes países. Se calhar, mais valia irem ver o que é que eles

estão a fazer bem para as pessoas terem estes rendimentos de salário mínimo.

Falando em fórmulas, fui também olhar para os países que têm os salários mínimos mais baixos. Encontrei

isto: Bulgária, salário mínimo de 311 €; Letónia, salário mínimo de 430 €; Roménia, salário mínimo de 463 €.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr.ª Deputada, chamo a sua atenção para o tempo.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Deputado, pense bem nas fórmulas que estes países seguiram para as pessoas viverem assim e vai encontrá-las todas, mesmo todas, no seu partido. O seu partido conduz a

estas misérias.

Aplausos do CDS-PP.

Protestos de Deputados do PCP.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Tem a palavra, para uma declaração política, a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, do PAN.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Durante esta crise sanitária, assistimos, em particular no período de desconfinamento, a uma total incoerência nos critérios que vieram a

ser definidos pelo Governo, com base nas recomendações e orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS),

nomeadamente naquilo que respeita à presença de público nas diferentes atividades culturais ou desportivas.

Se, por um lado, os jogos de futebol ou outras práticas desportivas, onde se inclui o desporto adaptado,

têm esperado por um período demasiado prolongado no tempo pelas normas e orientações da DGS, o mesmo

não se tem visto noutras atividades. Não nos podemos esquecer de que a espera por estas normas teve um

impacto nos clubes, nos rendimentos e na prestação dos profissionais do desporto.

Estas atividades decorrem ainda à porta fechada, quando, contrariamente ao que o Governo tinha

inicialmente avançado, a tauromaquia foi, mais uma vez, a exceção. Para o Governo e a Direção-Geral da

Saúde, do público do futebol espera-se um comportamento indisciplinado, de gente que não se sabe

comportar. Mas — pasmem-se! —, já nas touradas, essa atividade anacrónica, o Governo parece acreditar

que o público se vai comportar como um autêntico anjinho!

Por que razão é que nem 5% de um estádio de futebol pode ser ocupado, quando, em contrapartida, nos

últimos dias, circulou nas redes sociais uma fotografia panorâmica de uma praça de touros em Santarém,

repleta de pessoas a assistir a uma tourada?

Protestos da Deputada do PSD Fernanda Velez.