I SÉRIE — NÚMERO 19
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Falar deste caminho é falar de uma visão de um Portugal da ciência, da cultura e do conhecimento. E é
reconhecer que este é um caminho coerente com as opções políticas suportadas pelo Orçamento que temos
construído nos últimos cinco anos e que mantemos para 2021: do investimento no Programa Nacional de
Promoção do Sucesso Escolar; da vinculação de professores e descongelamento de carreiras; da autonomia e
flexibilização curricular; da criação das tutorias; do reforço do número de assistentes operacionais; e do
investimento na gratuitidade dos manuais escolares em todos os níveis de ensino. É reconhecer que se, hoje,
temos um ensino superior com mais estudantes, o devemos ao alargamento das vias de acesso ao superior aos
estudantes do ensino profissional; que tal se deve a uma opção política de fundo, de valorização do papel social
do ensino superior politécnico. É reconhecer que se, hoje, há um ensino superior mais acessível, é porque os
estudantes pagam menos cerca de 400 € de propinas do que pagariam se não tivéssemos iniciado este caminho
e porque há mais bolsas e bolsas mais altas.
Aplausos do PS.
E se também temos mais investigadores é porque temos feito um caminho de investimento continuado na
FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), que, no último ano, teve a sua maior execução orçamental de
sempre; é porque apostámos na formação dos investigadores e aumentámos o número de bolsas de
doutoramento em 140% desde 2015; é porque apostámos na dignificação da figura do investigador e instituímos
o contrato de trabalho como o regime regra de contratação de doutorados; é porque contratámos, desde 2017,
mais de 6000 investigadores e docentes doutorados.
Trata-se de opções políticas com resultados reais na vida do País.
É, por isso, importante que se diga que, em cinco anos de governação, aumentámos o orçamento para a
educação em cerca de 25%. Repito: em cinco anos de governação, aumentámos o orçamento para a educação
em cerca de 25%, com este Orçamento do Estado.
Aplausos do PS.
São números que falam por si próprios e que demonstram uma política continuada de investimento no ensino
público e na ciência que não podem ser ignorados.
Neste caminho trilhado, é fundamental que tenhamos a capacidade de não deixar o trabalho a meio, que
tenhamos a capacidade de saber que existe muito caminho para fazer e que o que nos move é a convicção de
que só um Estado forte é a resposta para que ninguém fique para trás.
Por isso, a escolha na votação deste Orçamento do Estado é simples e só tem dois sentidos possíveis: a
primeira, de aprofundar o caminho seguido nos últimos cinco anos, ou a segunda, de desistir agora, quando o
País mais precisa.
Aplausos do PS.
A forma como respondermos à crise marcará o Portugal que encontraremos quando esta acabar.
Da parte do Partido Socialista podem os portugueses estar certos de que estaremos onde sempre estivemos:
na defesa de um Estado forte e de um Portugal da educação, da ciência, da cultura e do conhecimento.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr. Deputado Tiago Estevão Martins, a Mesa regista uma inscrição para formular pedidos de esclarecimento.
Assim, tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Cláudia André, do Grupo Parlamentar do
PSD.
A Sr.ª Cláudia André (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Ministros, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Deputados, tem sido comum ouvirmos anúncios e anúncios no que respeita a toda a política económica do País, em especial
no que respeita à educação e à ciência, que não são exceção. Estamos habituados a isso.