I SÉRIE — NÚMERO 19
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Aplausos do PS.
Há um conjunto de situações que podia elencar, mas a Sr.ª Ministra já as referiu, bem como a Sr.ª Deputada
Hortense Martins e outros aqui nesta bancada.
Iremos sempre, sempre, votar favoravelmente as propostas do Governo, porque, essas sim, são importantes,
são importantíssimas para podermos ter um Governo mais forte e um Portugal mais capaz. Os portugueses
sabem que podem contar com o Partido Socialista!
Sr.ª Ministra, não posso deixar de lhe fazer uma pergunta relativamente aos profissionais de saúde. Nós
ouvimos dizer, à direita e à esquerda, que há menos profissionais de saúde, que não aumentou o número de
profissionais de saúde no SNS. Ora, eu queria perguntar se os profissionais de saúde em 2019 são os mesmos
de 2020, ou se houve um acréscimo nesta área. E também gostaria de lhe perguntar qual a despesa prevista
no SNS em recursos humanos.
Para terminar, pergunto-lhe se esta previsão do aumento de profissionais vem ajudar a fazer face às
necessidades para repor a atividade programada que acabou por ficar suspensa devido ao reforço das respostas
à COVID-19.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para formular pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Alves.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra da Saúde, uma das questões essenciais que se coloca quando discutimos este Orçamento é a questão do investimento e, em particular, do investimento no
SNS. O investimento no SNS, na construção de novos hospitais e na modernização de outros, na substituição
de equipamentos obsoletos e na sua modernização, além de operações de reparação e manutenção, que é
absolutamente imperioso assegurar, são medidas essenciais para que o Orçamento dê resposta às
necessidades do SNS e ao reforço da sua capacidade de resposta.
É preciso inscrever no Orçamento as verbas de investimento que não deixem margem para dúvidas quanto
a esse objetivo de reforço do SNS, mas é igualmente essencial que o Governo clarifique as suas opções quanto
às decisões que é preciso concretizar.
É preciso saber que compromissos vai o Governo assumir quanto a investimentos em edifícios,
designadamente construção e ampliação de hospitais, como, por exemplo, o hospital central do Alentejo, o
hospital do Seixal, a maternidade de Coimbra, o novo hospital do Oeste, o hospital central do Algarve, o hospital
da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, o hospital de Barcelos, a ampliação do hospital de Beja, a reconstrução
do Pavilhão 5 e a segunda fase do hospital Sousa Martins, na Guarda.
É necessário que este Orçamento, além das verbas, dê garantias de como e quando é que vão ser
executadas estas verbas para construir estes hospitais, que tanta falta têm feito.
É preciso saber que compromisso vai o Governo assumir quanto a medidas de investimento urgente para
recuperar consultas, tratamentos e cirurgias em atraso.
É preciso saber que compromissos vai o Governo assumir quanto a investimentos em equipamentos e em
dispositivos médicos, que garantias de verbas e decisões expeditas para garantir investimentos em RX e em
ecografias que possam ser realizados nos centros de saúde, por forma a que não se tenha de recorrer a hospitais
para realizar esses exames complementares de diagnóstico.
Investir na modernização em meios complementares de diagnóstico e de terapêutica e no alargamento desta
capacidade no SNS é dar um contributo decisivo para acabar com os atrasos nos exames médicos e com os
atrasos nas consultas e atos clínicos, que precisam de ser recuperados.
Por isso, perguntamos: quais são os compromissos assumidos para que tudo isto saia do papel e seja uma
realidade em 2021?
Sr.ª Ministra, o artigo 183.º do Orçamento tem como epígrafe «Implementação do Plano Plurianual de
Investimentos para o Serviço Nacional de Saúde e do Plano Nacional de Saúde Mental». O que gostaríamos de
perguntar é se considera que 90 milhões para os cuidados de saúde primários, dois hospitais que já estão