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I SÉRIE — NÚMERO 22

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Entendemos que esse não é um debate que deva ser feito em sede orçamental. Não há nenhum problema

nisso, mas, para continuarmos a fazer isto, temos de ter um Orçamento aprovado e este Governo tem de

continuar politicamente em funções.

Aplausos do PS.

E isso é tão ou mais importante quando vemos que alguns aproveitam a crise para lançar uns contra os

outros, portugueses contra portugueses, como é o caso da direita que se alia à extrema-direita para governar

os Açores.

Aplausos do PS.

Nós não aceitamos esse caminho. Desejamos e queremos continuar o percurso que temos feito com os

nossos parceiros desde 2015.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes.

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Relativamente às avocações que aqui foram feitas no que diz respeito às matérias do Código do Trabalho, a

posição do PSD é muito simples e ficou bem registada na passada semana. Nós dissemos, reiterámos várias

vezes e voltamos aqui a dizer que as alterações ao Código do Trabalho devem ser sempre, mas sempre,

precedidas de avaliação, análise e concertação em sede de Comissão Permanente de Concertação Social.

E o que o Bloco de Esquerda e o PCP fazem, com a apresentação destas propostas, é um total desrespeito

por aquilo que consideramos ser um instrumento fundamental, que é a concertação social, e um total desrespeito

pelos parceiros sociais.

Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, aproveito a minha intervenção para falar de

matérias também elas muito relevantes e que se prendem com duas propostas que o PSD apresentou para

ajudar as pessoas e as famílias.

O Governo e o Partido Socialista têm vindo a dizer que este Orçamento protege as pessoas e as famílias,

mas o mesmo Partido Socialista votou contra duas propostas, apresentadas pelo PSD, essenciais para ajudar

as famílias. Na passada sexta-feira, rejeitou uma proposta que reforça o apoio domiciliário, no sentido de incluir

cuidados de saúde, bem como uma proposta, a qual é da mais elementar justiça, adequada e, sobretudo,

necessária, que visa a atualização dos acordos de cooperação com o setor social, no sentido de fazer refletir o

impacto do aumento do salário mínimo nacional.

Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, este setor tem sido fundamental na ajuda às

pessoas, tem chegado onde o Estado não chega, tem dado uma ajuda de proximidade e os senhores estão a

dizer «não» a estas instituições e, ao dizerem «não» a estas instituições, estão a dizer «não» às pessoas.

Portanto, com estas avocações que aqui fazemos, os senhores têm uma nova oportunidade para corrigirem

o vosso sentido de voto. Se não o fizerem, o que poderemos concluir é que os senhores dizem uma coisa e

fazem o seu contrário.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente: Não deixa de ser curioso que o Partido Socialista se apresente neste debate, pela voz do Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro, a dizer que é vergonhoso que o Bloco de

Esquerda se vá aliar à direita e votar contra estas alterações.

Sr. Deputado, lembramos que foi o Partido Socialista que votou ao lado da direita o horário de trabalho, o

banco de horas ou mesmo 25 alterações ao Código do Trabalho. Aparentemente, aí, o Sr. Deputado não teve