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24 DE NOVEMBRO DE 2020

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O Sr. Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente. E o que importava aqui também saber, nomeadamente perante declarações muito recentes, de uma

disponibilidade para rever a legislação laboral, é se nessa revisão da legislação laboral e se nessa avaliação da

legislação laboral que o Governo e o PS dizem que querem fazer está também inscrita a vontade de revogar

todas estas normas gravosas que têm aumentado a exploração e a pobreza dos trabalhadores.

Aplausos do PCP e do PEV.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, pelo Grupo Parlamentar do PS, o Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, começo por deixar, desde já, uma garantia: na quinta-feira, quando votarmos este Orçamento do Estado, não vamos levantar-nos ao lado da

direita, que vai votar contra este Orçamento.

Aplausos do PS.

A avocação destas matérias permite-nos salientar muito do caminho que foi percorrido ao longo dos últimos

anos, demonstrando que este Orçamento do Estado para 2021 é um Orçamento que não dá nem um passo

atrás e que vai mais além.

Em 2020, e desde março, foram aprovadas medidas extraordinárias que abrangeram mais de 2 milhões e

230 mil portugueses e um total de 151 000 empresas, com os apoios a atingirem mais de 2100 milhões de euros.

No Orçamento Suplementar, a despesa superou os 2,6 mil milhões de euros e no Orçamento do Estado para

2021 continuamos com este percurso.

Porquê? Porque nós não descobrimos as virtudes do Estado social hoje, não aceitamos partir de uma base

zero.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Nós temos feito, desde 2015, um caminho que não podemos desvalorizar e ao qual temos de dar continuidade.

Aplausos do PS.

Temos de prosseguir esse caminho com medidas que estão inscritas neste Orçamento. A saber: a medida

de apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores, que vai ser discutida e votada hoje mesmo,

abrangendo sócios-gerentes e trabalhadores informais; o aumento do salário mínimo nacional; o layoff a 100%;

a gratuitidade e alargamento das creches, beneficiando as famílias; o aumento do abono de família; o aumento

extraordinário de pensões; a estratégia nacional de combate à pobreza; a majoração do subsídio de

desemprego; etc., etc., etc.

O Sr. André Ventura (CH): — Eh lá!

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Nós fazemos tudo isto sabendo que é possível divergir, que é sempre possível encontrar pontos de divergência, mas sabendo também que numa negociação é possível e desejável

encontrar pontos de convergência.

E esses pontos de convergência têm vindo a ser salientados pelo PS. Estamos disponíveis para alterar as

leis laborais, estamos disponíveis para aumentar o salário mínimo nacional — isso mesmo foi dito pela Ministra

do Trabalho e reiterado por nós na sexta-feira.