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24 DE NOVEMBRO DE 2020

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Quero perguntar ao Partido Socialista e ao Governo se será neste ano, em 2021, que vão cumprir a promessa

que fizeram aos portugueses em 2017.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Dou de novo a palavra ao Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Sandra Pereira, tenho de lhe recordar aqui um facto que acho que é muito importante. O Governo que o seu partido

integrou fez uma limpeza à base dos utentes de médico de família.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Sr.ª Deputada, os senhores limitaram-se a fazer uma limpeza à base, porque, em relação a meios para o

Serviço Nacional de Saúde, em 2010, deram 8600 milhões de euros. Sabe quanto é que era em 2012? Eram

7498 milhões de euros! Foi esta a dimensão do corte que os senhores fizeram quando estiveram no Governo.

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Não fomos nós! Está equivocado! Está enganado!

O Sr. Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais: — Sr.ª Deputada, veio falar de desonestidade política e eu venho falar-lhe de decoro político.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Sandra Pereira (PSD): — E reafirmo!

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — E bem!

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Ainda no âmbito do mesmo artigo, dou a palavra ao Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo, do Iniciativa Liberal.

O Sr. João Cotrim de Figueiredo (IL): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, o Governo vem aqui dizer-nos que a saúde está no topo das prioridades de toda a gente, mas, depois, ignora

olimpicamente uma série de problemas e fala-nos apenas dos milhões que são investidos no sistema nacional

de saúde, sem resolver estes problemas de base.

Há hoje quase 1 milhão de portugueses sem médico de família, ou seja, mais do que havia no ano passado.

Por isso, propomos que, até ao final do primeiro semestre de 2021, o Governo programe e resolva este problema

e, se não o fizer, permita às pessoas que recorram, sem custos adicionais para o Estado, ao setor privado e

social para ter o seu médico de família.

Problema: há centenas de milhares de portugueses com consultas e cirurgias em atraso; resposta do

Orçamento: nenhuma. Nós propomos que o SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia) e o

SIGA SNS (Sistema Integrado de Gestão do Acesso dos Utentes ao Serviço Nacional de Saúde) sejam

estendidos também ao setor privado e social para recuperar estes atrasos.

Problema: há uma degradação constante na qualidade dos serviços de cuidados de saúde primários.

Propomos a implementação de USF (unidades de saúde familiar) de tipo C que tão bons resultados deram no

pouco tempo em que estiveram a funcionar.

Problema: há dificuldades e desperdício na utilização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

Nós propomos a internalização destes meios mediante a avaliação do benefício para o cidadão e do custo para

o Estado.