24 DE NOVEMBRO DE 2020
45
Para colmatar a falta de regulamentação e assegurar o cumprimento de um direito previsto na legislação,
propomos que seja fixado o suplemento remuneratório no valor de 20% da remuneração-base. Propomos o
reforço das camas de cuidados intensivos, pois Portugal continua a ser um dos países com menor número de
camas por 100 000 habitantes e, por isso, o PCP propõe que as unidades de cuidados intensivos sejam
reforçadas com mais 207 camas, mais 626 enfermeiros e mais 198 assistentes operacionais.
É fundamental a internalização dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica. O Serviço Nacional
de Saúde pode e deve ser dotado de maior capacidade para realizar um conjunto de meios complementares de
diagnóstico e terapêutica como sejam a diálise e a endoscopia.
Propomos, ainda, a substituição de equipamentos pesados e a modernização e renovação tecnológica dos
equipamentos hospitalares. Muitos dos equipamentos pesados das unidades hospitalares estão obsoletos e por
isso é importante que seja renovada a sua capacidade.
Propomos também investimentos nos cuidados de saúde primários onde persistem instalações
desadequadas sem condições de trabalho para os profissionais e sem condições para a prestação de cuidados
aos utentes, exigindo, por isso, um investimento público para a melhoria dessas instalações.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Vamos passar ao artigo 181.º-A — Alargamento do apoio às despesas com medicamentos para idosos carenciados.
Tem a palavra o Sr. Deputado João Almeida, do CDS-PP.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, o CDS apresenta uma proposta de «vale farmácia» que é essencial para os idosos com menos recursos.
O objetivo desta proposta é acabar com a escolha, que para nós é totalmente inaceitável, de muitos idosos
que, mensalmente, têm de fazer entre comprar alimentos e comprar medicamentos.
Esta proposta tem três características que a tornam efetiva: primeira, aumentar o número de idosos que têm
apoio na compra de medicamentos, não limitando esse apoio aos idosos que recebem o complemento solidário
para idosos (CSI); segunda, aumentar a comparticipação do Estado nesses medicamentos, dando uma
comparticipação de 100% para os idosos que tenham um rendimento mensal, depois da compra de
medicamentos, inferior a 351 € e de 50% para os idosos que tenham um rendimento mensal inferior a 655 €;
terceira, fazer este apoio prévio e não contrarreembolso, porque, obviamente, o principal problema destes idosos
é de tesouraria e o reembolso não é suficiente para conseguir acabar com o problema da escolha entre comprar
alimentos e comprar medicamentos.
Esta não é uma escolha aceitável numa sociedade desenvolvida e esta proposta do CDS permite acabar
com ela.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Passamos ao artigo 182.º — Quota de genéricos e biossimilares. Tem a palavra a Sr.ª Deputada Bebiana Cunha.
A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr. Presidente, estamos inscritos para o artigo 190.º.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Vamos, então, passar ao artigo 183.º — Implementação do Plano Plurianual de Investimentos para o Serviço Nacional de Saúde e do Plano Nacional de Saúde Mental.
Tem a palavra o Sr. Deputado Rui Cristina.
O Sr. Rui Cristina (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, ao fim de cinco anos de socialismo na saúde, em matéria de novos hospitais, o Governo fez zero! Apesar das promessas,
nunca concretizaram nada! É caso para dizer: «muita parra e pouca uva!»
Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.