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25 DE NOVEMBRO DE 2020

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Já agora, e já que está previsto que as candidaturas para o apoio especial para a restauração comecem

amanhã, dia 25, gostava de saber se confirma que começam mesmo amanhã, dia 25, e quando é que os

restaurantes podem contar com os primeiros pagamentos.

Gostava, ainda, de saber por que razão é que a avaliação das perdas se faz em comparação com 2020,

um ano em que houve confinamento e em que muitos restaurantes estiveram encerrados.

Por último, gostava de salientar que o CDS se debruçará sobre cada uma das propostas de IVA que são

apresentadas, tomará uma posição sobre cada uma, mas queria reiterar que é urgente que seja feita uma

análise séria e de justiça relativa das tabelas da taxa do IVA, designadamente da mínima, da intermédia e da

normal. Nós não podemos, Orçamento atrás de Orçamento, continuar a analisar este assunto, a produzir

títulos de notícia, analisando este ou aquele produto sem olharmos para as questões fundamentais de justiça

relativa entre produtos.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Anastácio, do PS.

O Sr. Fernando Anastácio (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados, este é, de facto, um Orçamento onde as empresas e a economia são uma prioridade.

A narrativa da direita que tem como única solução para apoiar as empresas a sempre reclamada redução

de IRC não colhe, e a evidência dos factos isso mesmo comprova.

Os estímulos à economia e o apoio às empresas, no atual contexto, podem e devem ter outras expressões.

Se dúvidas houvesse, a estabilidade fiscal é da maior importância, como bem reconhecem e apreciam os

empresários e como, neste momento, tal se evidencia, muito em particular quando todos conhecemos que a

sempre utilizada receita, quando temos uma crise por parte da direita, tem uma solução: o aumento dos

impostos.

Ao contrário da direita, que nos momentos de crise aumenta sempre os impostos, o PS preserva a

estabilidade fiscal e tem políticas amigas, do ponto de vista fiscal, para as empresas.

Se alguma dúvida houvesse de que contamos com as empresas para vencer a crise com que estamos

confrontados, a mesma fica completamente desfeita quando nos defrontamos com medidas que valorizam

particularmente o investimento no atual contexto.

Falamos de investimento, uma realidade determinante para o crescimento económico. Neste Orçamento,

por exemplo, temos um crédito fiscal extraordinário ao investimento que continuará em vigor em 2021,

permitindo deduzir à coleta de IRC até 20% das suas despesas, até ao montante de 5 milhões de euros.

Será, ainda, criado um incentivo fiscal dirigido às pequenas e médias empresas no sentido da

internacionalização, sendo determinante criar um ambiente favorável para este investimento. Alguém tem

dúvidas de que o investimento público, que vai aumentar em 23%, contribui para isso? Um investimento

público assente nos investimentos estruturantes, no investimento no âmbito das medidas previstas no

Programa de Estabilização Económica e Social e, também, no Plano de Resiliência. Este investimento será

um motor, uma alavanca e uma efetiva oportunidade para o tecido económico e social, uma oportunidade para

as empresas.

Mas também há medidas efetivas de desagravamento fiscal. Destaco que será eliminado o agravamento

das tributações autónomas nas micro, pequenas e médias empresas que habitualmente não tinham prejuízos,

mas que poderão ter por força da pandemia.

Falar de apoios às empresas neste Orçamento também é falar das novas linhas de crédito com garantias

públicas para apoio ao financiamento das empresas; da prorrogação do prazo das moratórias bancárias até

setembro de 2021; de propostas como, por exemplo, a do layoff a 100%, que permitirá garantir, em 2021, os

apoios à retoma da atividade empresarial e, assim, preservar os postos de trabalho e salvaguardar a

capacidade produtiva das empresas.

Sr.as e Srs. Deputados, a economia, as empresas e a retoma económica são realidades que não

dispensam o mercado interno. Medidas como o aumento de salários, o aumento de pensões, o aumento do

subsídio de desemprego, a redução do IVA da eletricidade, a redução das tabelas de retenção de IRS e a

nova prestação social aumentam o rendimento disponível das famílias e constituem um efetivo estímulo ao

aumento da atividade económica, convergindo no relançamento da economia.