I SÉRIE — NÚMERO 37
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próximo dia 24 e pela criação de novos mecanismos de defesa dos mais frágeis, de combate à especulação
económica, com aproveitamento deste momento de fragilidade.
Não escondemos a dimensão da situação sanitária complexa que enfrentamos. Hoje registamos 92 milhões
de casos a nível mundial e perto de 2 milhões de óbitos. Registamos mais de 26 milhões de casos na União
Europeia. Registamos, na Europa, cerca de 600 000 óbitos.
Portugal promoveu, na resposta sanitária, uma mobilização adequada que se traduz até hoje em 6 milhões
de testes e com a maior capacidade de testagem desde o início da pandemia.
Aplausos do PS.
Portugal, ao contrário do que desinformadamente foi dito neste debate, testa por habitante mais do que a
França, mais do que a Itália, mais do que a Alemanha ou mais do que a Suécia.
Aplausos do PS.
É por isso que não escondemos a gravidade de uma situação à qual é preciso dar a resposta adequada,
quando estamos na iminência de ultrapassar meio milhão de casos registados, tendo ultrapassado já os 8000
óbitos, que todos lamentamos.
Por isso, a resposta é o apoio ao Serviço Nacional Saúde através da duplicação do número de camas nos
cuidados intensivos, que ocorreu desde o início da pandemia, do aumento da capacidade de resposta, da
mobilização de meios por acordo com o setor social ou com o setor privado e a vontade, já reiteradamente
manifestada, de utilização de todos os mecanismos legalmente admitidos, designadamente a requisição civil de
equipamentos ou de pessoal de saúde desses setores.
É por isso que, também aqui, o esforço de vacinação corresponde à necessidade desta resposta, sendo que
até ontem ultrapassámos já os 82 000 cidadãos vacinados, com prioridades claras: primeiro, os profissionais de
saúde e, desde a semana passada, os residentes, utentes e trabalhadores de lares e de outras estruturas de
apoio a idosos.
É neste contexto que este mecanismo de estado de emergência prevê as condições necessárias para que
os portugueses, em liberdade e com segurança sanitária, participem nas eleições presidenciais, no próximo
domingo, utilizando o voto antecipado que teve até esta noite 151 000 inscritos,...
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro da Administração Interna: — ... o triplo dos que se registaram nas eleições legislativas de
2017.
Aplausos do PS.
Isto prova a organização e a decisão atempadamente tomada e uma resposta dos portugueses que querem
participar na vida democrática. Tal como o prova a previsão de mecanismos que permitem o voto de cidadãos
confinados e as condições sanitárias para aqueles que votarão no próximo dia 24.
Estas medidas correspondem à execução atempada pelo Governo das decisões tomadas, aqui, na
Assembleia da República, no dia 23 de outubro.
Aplausos do PS.
Mas não posso deixar de registar, face à verificação no Diário da Assembleia da República, que o único
grupo parlamentar que disse, ainda hoje, reiterando uma mentira e uma ofensa à democracia, que não tinham
sido tomadas ou que foram tomadas atabalhoadamente as medidas necessárias para exercer o direito de voto
em pandemia foi o único grupo parlamentar que faltou à sessão de 23 de outubro, onde foram aprovadas as
Leis Orgânicas n.os 3/2020 e 4/2020.